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Jânio Quadros - Orador de outros tempos


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Jânio da Silva Quadros - nascido a 25 de janeiro de 1917, em Campo Grande, MS, construiu uma das figuras mais carismáticas da política brasileira, sendo o herói mítico que roubou pela primeira vez o poder dos ricos para o povo.

Jânio era um menino introspectivo e sua dedicação às leituras o conduziu, em 1935, à Faculdade de Dieito do Largo de São Francisco, apesar de formado não exerceu a profissão de advogado. Por ser um ótimo orador trabalhou como professor de geografia e português.

No ano de 1947, resolvou ser vereador, mas pensou em desistir no meio do caminho porém seus alunos do curso secundário não o deixaram desistir. Ganhou a eleição com 1,7 mil votos, suficiente para ser suplente. Acabou assumindo uma vaga na Câmara devido a cassação de alguns parlamentares comunistas.

Em três anos como vereador apresentou mais projetos do que qualquer outro membro do Poder Legislativo no Brasil.

A vida de Jânio foi um desfile de surpresas e de ironias. Chegou a tomar injeções e simulava desmaios em cima do palanque para dramatizar o discurso. Ao cumprimentar os eleitores, fazia questão de mostrar os bolsos empanturrados de sanduiches de mortadela e pão com banana. Passava com isso, imagem de candidato integrado ao gosto popular.

Jânio ostentava aparência desmazelada, usava roupas amarrotadas, barba por fazer, ombros brilhando de caspas (geralmente, talco propositadamente espalhado), o tom de sua aparição era sempre de farsa, com discurso populistas e marcadamente moralista. Apresentava-se como o "homem do tostão contra o milhão".

Havia até quem dissesse que Jânio era deselegante e alcóolatra. Gostava de cachaça e cerveja, era dele a famosa pérola "bebo porque é líquido. Se sólido fosse, comê-lo-ia".

Por conta disso, Adhemar de Barros - arqui-inimigo de Jânio - aproveitando-se de boatos de que Jânio era chegado a uma garrafa de pinga, o adversário mandou divulgar a notícia de que levaria o oponente para a tribuna do seu comício. De fato, diante a uma platéia ansiosa, ele anunciou a chegada. E para a surpresa da multidão, fez um gambá aparecer em cena.

Após o fato, Jânio deu o troco, anunciou que levaria Adhemar ao seu comício. E, depois de muito alarde, apresentou à multidão um gato, assustado, tirado de uma gaiola.

Outro fato marcante ocorreu no velório de Jânio, onde apareceu um homem aos prantos. Jurava que, muitos anos atrás, estava no alto de um prédio disposto a se matar quando Jânio, então um jovem vereador, gritou: "Não faça bobagem". Ele explicou que ia pular porque a esposa o traíra. Jânio dissuadiu o suicida: "O que tua mulher te arrumou foi um par de chifres, não um par de asas. Desça daí já!"

Hoje, tanto na política quanto na advocacia, prevalecem outros valores, como a postura, a competência, a seriedade e a ética. Ao invés de artifícios rídículos para chamar a atenção, prenderá a platéia por argumentos sólidos, claro e objetivo. O humor requintado substituirá o escracho.


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