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Verdades SOBRE A CRISE DE ALIMENTOS


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Da mesma forma que a última crise financeira mostrou ao mundo a sua nova face, desafiando até mesmo os idealizadores da moderna arquitetura financeira mundial, assim, a crise de alimentos ou propriamente a fome mostra a sua nova face ao mundo.


 A crise de alimentos é um assunto delicado, porque se há algo que colocaria seriamente em risco, de maneira rápida, a paz do mundo é a escassez de alimentos. Os preços dos alimentos, milho, trigo, arroz, têm dobrado nos últimos anos. Como resultados desse aumento registraram-se inúmeros protestos de rua em várias partes do mundo: No Paquistão, no Senegal, na Mauritânia, na Índia, no Iêmen, no México, no Haiti, etc. Protestos oficiais ao redor do mundo também proliferaram nas últimas semanas. Resta saber até que ponto os protestos de rua poderão ser controlados pelos governos, porque sabemos que reverter os preços dos alimentos não é tarefa fácil nem de curto prazo. Segundo o Banco Mundial o aumento do preço dos alimentos não é um fenômeno passageiro, mas irá persistir por vários anos.


 Em muitas nações como na próspera china, na índia e alguns países da América Latina o crescimento da renda das pessoas permitiu um incremento no consumo de alimentos de uma forma geral e particularmente do consumo da carne que por sua vez gerou um incremento na demanda de grãos para alimentar os animais, o que também contribuiu para o aumento do preço dos grãos.


 Por outro lado, a alta no preço do barril de petróleo provocou um aumento nos fertilizantes, no custo do transporte dos alimentos, e no custo de produção de alimentos; sem falar nos sérios danos provocados ás plantações pelas secas, inundações, ciclones, calor, frio. Nos países pobres a baixa produtividade da agricultura é resultado do difícil acesso às sementes, à irrigação e aos fertilizantes.  Todos esses fatores têm contribuído para o aumento dos preços dos alimentos.


 Existe outro fator que tem contribuído para a queda na produção de alimentos: a produção de grãos para a fabricação de biocombustíveis. Este ramo da agricultura, na Europa e nos Estados Unidos, tem levado milhares de fazendeiros a aderir ao generoso programa de subsídios para a produção do etanol. A súbita elevação dos preços dos grãos tem como bode expiatório a fabricação do biocombustível, que como vimos anteriormente não é a principal causa da elevação do preço dos grãos.


 A produção de biocombustíveis VS a produção de Alimentos não é um assunto que preocupa ao Brasil, pelo menos por enquanto. O Brasil em particular não deixa de produzir alimentos para produzir o etanol que é produzido da cana de açúcar, embora cresça a cada ano o percentual da produção de etanol. A área plantada de cana de açúcar no Brasil corresponde a aproximadamente sete milhões de hectares, apenas 2,5 % da área cultivável. É bom lembrar que o etanol produzido da cana de açúcar é um etanol superior ao etanol produzido de grãos.


 O lado positivo da produção de biocombustíveis é que viabiliza a produção de uma energia segura, não poluente, e contribui para diminuir o aquecimento global, se bem que por outro lado encoraja o desmatamento.


 Devido à crise alguns países mais cautelosos suspenderam a exportação de grãos para poder garantir o consumo interno, mas nem mesmo estes países estão livres dos especuladores que aceleram o crescimento dos preços.


 O aumento do preço dos alimentos pode trazer benefícios aos países ricos, levando a sua população a melhorar os hábitos alimentícios, uma vez que nestas nações encontram-se grandes contingentes de pessoas gordas, ao passo que pode trazer prejuízo para as nações pobres onde existem grandes contingentes de pessoas mal nutridas.


 Da mesma forma que está acontecendo com a crise dos alimentos assim poderá acontecer com a energia e com a água. Mas as nações podem evitar as próximas crises desenvolvendo políticas energéticas e ambientalistas que garantam um desenvolvimento sustentável para garantir a segurança mundial e o crescimento econômico. Afinal, a crise de alimentos além de servir como um alerta serve também para criar alternativas, outras oportunidades.




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