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A Questão dos Direitos Humanos na Terceira Idade


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MAIOR VALOR A TERCEIRA IDADE

Sérgio Vallverde

O aumento da expectativa de vida da população mundial produziu um fenômeno irreversível. Vivendo mais e melhor do que seus pais e avós, a geração na faixa dos 50 anos está redefinindo o conceito do que é envelhecer. Se no passado chegar à meia-idade significava aposentar-se precocemente em várias áreas do comportamento (trabalho, relacionamento, sexo), hoje o que se vê é um grupo com mais disposição, saúde e dinheiro para curtir a vida ao máximo. Nos últimos anos, os cinqüentões passaram a se divorciar mais, a construir novas famílias, a paquerar como na juventude. Também adiaram a decisão de pendurar as chuteiras no trabalho por ainda ter energia sobrando. Ficaram mais saudáveis e estão mais vivos do que nunca na cama. Além de incrivelmente mais conservados, graças às inúmeras benesses das cirurgias plásticas, da ginástica e dos tratamentos estéticos.
Em 2025, o Brasil terá 33 milhões de pessoas com mais de 60 anos ? quase duas vezes a população de Minas Gerais. Em países como Alemanha, Itália, Grécia e Japão, pela primeira vez na história esse grupo já é mais numeroso que o de crianças ? uma situação que o mundo viverá em 2050, quando se prevê que as pessoas acima de 60 anos somarão 2 bilhões. Calcula-se que hoje a turma da chamada terceira idade (ao que a imprensa se refere como "melhor idade) já movimente 90 bilhões de reais por ano no país. Para esses novos consumidores velhos, há uma indústria trabalhando a todo o vapor. Nesta corrente, existem alguns países do primeiro mundo que incluíram a qualidade de vida na terceira idade.
No Brasil, a discriminação aos velhos é o resultado dos valores típicos de uma sociedade de consumo e de mercantilização das relações sociais. ? declara Érica Verderi, professora de educação física, autora de tese sobre os direitos humanos na terceira idade. Para ela, a um exagerado enaltecimento do jovem, do novo e do descartável, além do descrédito sobre o saber adquirido com a experiência da vida, são as inevitáveis conseqüências desses valores. Tratados com indiferença a terceira idade faz uma imagem de insignificância de si própria, adotando uma atitude apática diante da vida, seus valores enquanto cidadãos. Se estimulados, desenvolvem sua auto-estima interpretando a velhice como mais uma fase a ser bem vivida, o que gera um comportamento ativo e participativo, com expectativa mais elevada. ? afirma Verderi.


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