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POR QUE ELES MATAM


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Em 1966, Charles Whitman, um estudante do campus de Austin, da Universidade do Texas, subiu em uma torre, matou 14 pessoas e feriu 31, antes de ser morto a tiros pela polícia. O assassinato em massa não foi inventado em 1966, mas este marcou uma virada dramática, pois depois desse massacre o número de incidentes desse tipo começou a aumentar. Sete dos oito assassinatos em massa da história dos EUA ocorreram nos últimos 25 anos. Qual seria a causa desse aumento? Uma delas, certamente, é a mudança da potência de armamentos que permite um massacre e, também, ocorreram mudanças sociais que fizeram com que aumentasse a incidência do assassinato em massa. Em todos os casos identificam-se os seguintes fatores nos perpetradores: eles têm um longo histórico de frustrações e fracassos e uma capacidade reduzida de enfrentar as decepções da vida; sempre culpam fatores externos, freqüentemente reclamando que os outros não lhes deram uma chance; esses assassinos geralmente carecem de apoio emocional de amigos ou parentes; os homicidas sempre sofrem um evento desencadeador que consideram catastrófico (perda de emprego, rompimento de uma relação e em massacres de universidade, muitas vezes, o atirador acha que não mereceu uma nota recebida); conseguem ter acesso a uma arma poderosa o bastante para atender a sua necessidade de vingança. Então, o que mudou? Uma competição cruel cresceu nos últimos anos nos EUA. Admira-se quem vence a qualquer custo e parece que se tem menos compaixão pelos que fracassam o que aumenta a frustração dos perdedores; há o eclipse da comunidade tradicional com os índices de divórcio mais altos, o declínio das práticas religiosas e o fato de que mais pessoas vivem em áreas urbanas, onde talvez nem conheçam seus vizinhos. Então, se os assassinos em massa são pessoas isoladas que carecem de apoio, essas tendências só exacerbam a situação. Começa-se a entender as motivações por trás de incidentes que, para muitos, não têm sentido, entretanto, isso não significa que poderão ser evitados. Universidades não poderão ser transformadas em fortalezas, pois esses eventos ainda são raros e talvez seja esse o preço a pagar pelo tipo de sociedade aberta e democrática dos EUA.


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