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Questão Agrária, Pesquisa e MST


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Neste livro, publicado pela editora Cortez, o autor Bernardo Mançano Fernandes faz uma análise de tais aspectos em cinco capítulos no limiar do século em curso,com reflexões para o estudo da questão agrária ,destacando os autores que mais contribuíram e contribuem para o seu entendimento.É feita uma avaliação dos governos mais recentes no que diz respeito ao trato com a questão.Faz também uma reflexão do movimentos sociais como categoria geográfica adentrando nos conceitos de espacialização e territorialização.Discorre acerca das ocupações e acampamentos,enfatiza a importância da organicidade e vinculação.Depois adentra na questão da pesquisa do e no MST, mostrando o seu ponto de partida ,os setores que se engajaram nesse processo e os temas por eles tratados e ainda as questões teóricas e metodológicas.Por último vai mostrar que procedimentos adotar no ato da elaboração de um projeto de pesquisa. No primeiro capítulo começa com uma avaliação em torno da questão agrária no momento de aproximação do século atual, no que diz respeito aos antigos e novos elementos, isso porque desde a época da colonização convivemos com a concentração de terras nas mãos de poucos,enquanto a maioria se ver expropriada.mas hoje a própria organização é diferenciada,no que diz respeito a maior autonomia,não dependendo de posição partidária e com organização política. Há também uma atuação do estado na forma de pensar e intervir no campesinato.Isso pôde ser percebido quando nos anos 70 criaram o INCRA,significando o primeiro passo para a Reforma Agrária. No contexto dos governos Collor e Itamar, mantiveram a repressão aos sem-terra, caracterizando a militarização, acompanhada pela judiciarização, esta favorecendo os latifundiários com a criminalização das ocupações. No governo FHC é criado o Novo Mundo Rural com o intuito de não fortalecer a permanência do homem no campo,mas de inserí-lo ao capital,desmobilizando a sua ação política,surgindo aí o Agricultor Familiar para se atualizar,pois passa por capacitação com créditos disponíveis;surge o Banco da Terra,uma Reforma Agrária pelo correio,que não teve a posição do governo pois a demanda foi muito grande.A retirada do Procera, substituído pelo PRONAF,representa uma perda do ponto de vista político,pois não pagava,mas hoje o assentado já entra na terra endividado.
Em seguida é dado enfoque aos autores que considera importante para a compreensão da questão agrária, exemplo de Kautsky (A questão agrária)que faz uma diferenciação do campesinato e sua tendência de diluição na Inglaterra;Lênin(O desenvolvimento do capitalismo na Rússia)acreditava numa transformação,apesar da forma de organização consolidada nesse país;Se os trabalhadores se organizaram a partir da indústria,o caminho para o campesinato era a proletarização e dava enfoque a persistência das relações não capitalistas de produção.No Brasil temos o debate nos anos 70 e 80.Caio Prado Júnior(A questão agrária)fala da concentração fundiária,como os outros dois,era marxista;defendia o assalariamento, a não existência de relações feudais e sim várias formas de organização de trabalho;Alberto Passos Guimarães(Quatro séculos de latifúndio)acreditava na concentração da terra e na diversidade de formas de uso;o sociólogo José de Sousa Martins dava importância a Reforma Agrária como questão política,mas com a entrada do amigo FHC na presidência,decepciona a população,pois muda o discurso,chamando de Reforma Agrária o simples ato de legitimação de terras;Ricardo Abramoway que tinha uma visão mais empreendedorista, acreditava que o pequeno agricultor que utiliza a tecnologia não é camponês e sim agricultor familiar.De posse dessas visões Bernardo fala que vai surgir um debate que aReforma Agrária não é mais viável.Vamos criar indústria no campo, turismo.Só que aí há um agravante.As empresas empregam temporariamente e cria um paradigma de desarticular o trabalhador camponês.Então temos que garantir a terra para contribuição da vida e não do trabalho temporário.
Em síntese grandes partes dessas posições demonstram que a existência do campesinato é fruto de sua luta contra a expropriação e a proletarização e o que temos não é projeto de Reforma Agrária, mas uma pressão dos trabalhadores que força a desapropriação.


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