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O que é Sociologia


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    O livro expõe ao leitor o que é a Sociologia, relatando o surgimento, formação e desenvolvimento da mesma. 

    A Sociologia portanto foi definida como sendo algo mais do que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade moderna, se propõem em intenções práticas, um forte desejo de interferir no rumo desta civilização.

    Os acontecimentos desencadeados pela dupla revolução ? a industrial e a francesa foram decisivos para que ela se tornasse possível, principalmente os efeitos catastróficos da Revolução Industrial para a classe trabalhadora, levando-na negar suas condições de vida. 

    O que merece ser salientado  como um dos fatos marcantes para o surgimento da sociologia, no século XVIII, num momento de grande expansão do capitalismo, foi a profundidade das transformações em curso colocando a sociedade num plano de análise, ou seja, esta passava se constituir em "problema", em "objeto" que deveria ser investigado.

    A burguesia ao tomar o poder em 1789, investiu decididamente contra os fundamentos da sociedade feudal, procurando construir um Estado que assegurasse sua autonomia em face da Igreja e que protegesse e incentivasse a empresa capitalista.

    A formação se deu através de inúmeras pesquisas realizadas pelos sociólogos, a presença da sociologia nas universidades, nas empresas, nos organismos estatais atestam a sua realidade, portanto a existência de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia, já no século XIX.

    Os conservadores que eram chamados de "os profetas do passado" ao fazerem críticas sobre a modernidade que iniciou pelos acontecimentos como a economia industrial, o urbanismo, a Revolução Francesa, estabeleceram assim uma nova teoria sobre a sociedade dando ênfase ao: estudo de instituições sociais como a família, a religião, o grupo social , e a contribuição delas para a manutenção da ordem social. Estas idéias serviram como ponto de referência para os pioneiros da sociologia, que adaptara-as a novas circunstâncias históricas. 

    Saint-Simon foi um dos primeiros pensadores socialistas, possuía muitas idéias produtivas, sofreu influência de idéias iluministas e revolucionárias, mas também foi seduzido pelo pensamento conservador, inclusive de seu secretário particular Comte que era inteiramente conservador.

    Um fato marcante foi a penetração da sociologia na Universidade como disciplina acadêmica através de Durkheim, ele acreditava que se cada membro da sociedade, tendo uma atividade profissional mais especializada, passava a depender cada vez mais do outro, provocando uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. 

    A formação e o desenvolvimento do conhecimento sociológico crítico e negador da sociedade capitalista sem dúvida liga-se à tradição do pensamento socialista, que encontra em Marx (1818-1883) e Engels (1820-1903). Essa formação teórica do socialismo marxista constitui uma complexa operação intelectual, na qual são assimiladas de maneira crítica as três principais correntes do pensamento europeu do século passado, ou seja, o socialismo, a dialética e a economia política. 

    A intenção de conferir à sociedade uma reputação científica encontra na figura de Marx Weber, ele não considerava o capitalismo um sistema injusto, irracional e anárquico. O capitalismo lhe parecia a expressão da modernidade e uma eloqüente forma de racionalização do homem ocidental.

    O desenvolvimento do socialismo se destacou portanto pela existência de uma burguesia que se distanciara de seu projeto de igualdade e fraternidade, e que, crescentemente, se comportava no plano político de forma menos liberal e mais conservadora, utilizando intensamente os seus aparatos repressivos e ideológicos para assegurar a sua dominação. 

    Na segunda metade do século passado o desenvolvimento da sociologia foi profundamente afetado pela eclosão das duas guerras mundiais. Um grupo de professores e pesquisadores de Harvard, no início dos anos 30, procurou entrar em contato com a sociologia acadêmica européia, pois considerava que vários pensadores europeus haviam formulado uma convincente defesa contra o marxismo, fenômeno que os sociólogos europeus conheciam de perto. Os trabalhos sobre as relações sociais, sobre as questões urbanas, sobre a família, sobre os "pequenos grupos", contribuíram para desmembrar os fenômenos investigados do conjunto da vida social. George Lutemberg, um dos expoentes dessa corrente, reafirmaria a tese positivista de considerar a sociologia como ciência natural. Segundo ele, seria possível ao sociólogo estudar a sociedade com o mesmo estado de espírito com que um biólogo investiga um ninho de abelhas. A institucionalização da sociedade como profissão e do sociólogo como "um técnico", um "profissional" como outro qualquer, foi realizada a partir da promessa de rentabilidade e instrumentalidade que os sociólogos passaram a oferecer a seus empregadores potenciais, como o Estado moderno, as grandes empresas privadas e os diversos organismos internacionais empenhados na conservação da ordem em escala mundial.

    A profissionalização da sociologia, orientada para legitimar os interesses dominantes, constituiu campo fértil para uma classe média intelectualizada ascender socialmente.




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