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AS HABILIDADES E A UNIVERSIDADE


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AS HABILIDADES E A UNIVERSIDADE

Há muito venho querendo me reportar a um assunto que versasse sobre o curso de bacharel em direito. No casso corrente, o texto ?As Habilidades e a Universidade? do Professor Roberto Aguiar veio a calhar. É bem verdade que o autor nos mostra de forma límpida, um raio x do emaranhado de questões atinentes às universidades públicas e privadas.
Quando se pensa no título do texto ?As habilidades e a Universidade? abstrai-se uma gama enorme de possibilidades, vez que, diante de uma universidade, imagina-se uma universalidade de opções.
No desenrolar do texto, depreende-se que o papel social, político e crítico das universidades não poderia estar somente preso a conceitos pré-constituídos, a habilidade da universidade deveria transcender o singular para tornar-se plural. Dito isso, estar-se-ia fomentando e reverberando novos conceitos.
Infere-se também, que as universidades desempenham papéis outros que não condizem com seu objetivo central, tem-se interesses em estatísticas, questões mercantilistas, status, enfim, o que temos hoje está muito longe de ser um local em que o pensamento possa juntar-se a outras opiniões, até porque, caso houvesse essa junção de idéias, haveria uma potencialidade que seria dividida em prol da sociedade como um todo. As universidades não pugnam por essas habilidades.
Noutro ponto, discute-se que a remontagem das universidades deveria passar por seu conceito específico, sendo preciso recomeçar, reinventar, politizar o discurso, descobrir o novo e não apenas repetir o discurso enfadonho e bocejante. O cerne principal do texto ?As habilidades e a Universidade? se contrapõe ao que é defendido nos cursos jurídicos hoje em dia. Ao passo que existem agentes - transformadores ? que sinalizam para um curso jurídico voltado para o social, para as causas das massas, existem também aqueles com visão míope, mercadológica que teimam em curvar-se ao capital.
Entende-se também no texto, como forma de colaboração, o papel desempenhado pelos educadores. O educador jurídico, às vezes, se torna mais importante do que a própria ciência jurídica, seja em sua forma de avaliar, ou em aulas desprovidas de didática, estas amontoam-se aos códigos, criando uma simbiose com aulas e artigos frios de calor humano. A letra fria da lei carrega a roupagem das universidades.
Por outro lado, temos os alunos que buscam novos horizontes, embalado pelos seus sonhos discursam com fervor até serem cooptados<1> pelo sistema, na maioria das vezes, estes aspiram por um cargo público que os espera tão-logo acabe o curso jurídico. Lego engano, é como se num toque de mágica, aparecesse um novo Moisés para abrir-lhes o caminho para o sucesso.
Por fim, conclui-se que as habilidades nas universidades estão dissonantes daquilo que deveria ocorrer. O mercado não suporta mudanças. Carl Max, em sua obra ? o Capital? imaginava que um dia não haveria necessidade do consumo exacerbado, uma vez que ocorreria a saturação do consumo. Ele realmente estaria certo caso não houvesse a substituição dos bens duráveis pelos descartáveis. Sendo assim, o mercado urge pela figura do consumidor descartável, tornando-o imbecil.

<1> Diferentemente do que afirma o professor, que os alunos quando entram nas universidades estão ávidos por mudanças e que só depois são estragados. Penso que estes ? hoje em dia ? já entram envelhecidos e pobres de argumentos.


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