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A afetividade na escola


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Por muitos anos o conhecimento foi tido como algo separado da emoção. A cisão entre ?razão? e ?emoção? perdurou por longas eras e foi muito defendida por filósofos de relevância imensa. Essa cisão influenciou fortemente toda a nossa maneira de organização social e inclusive nossa forma de refletir e pensar sobre os mais diferentes aspectos da convivência humana, inclusive a educação. No entanto, apesar de trazer benefícios, essa concepção trouxe também muitos problemas para educadores e alunos, sendo o maior deles o descaso para com a relação afetiva entre professor e aluno. É justamente a isso que chama atenção o artigo " afetividade na escola", de Benjamim Marchi. Abaixo seguem resenhadas as idéias do texto:

É comum ouvir professores, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, dizendo que eles apenas o dever de entrar na sala de aula e passar o conteúdo da aula, sendo que o aproveitamento (ou não-aproveitamento) depende única e exclusivamente do aluno. O conhecimento se transformou em produto e o ensino em comércio. Professores, cordenadores e inclusives pais se esqueceram que, muito mais do que uma empresa, a empreitada educacional é uma missão humanizadora: seus objetivos não devem ser o lucro (ainda que este possa ocorrer), mas sim a propagação da cultura universal, a inclusão social e, mais importante do que tudo, a formação plena do homem. E para que haja essa formação plena, é preciso muito mais do que a simples transmissão de um conteúdo científico, é preciso que a escola se converta em um ambiente humano, em um abiente afetivo. É preciso que o professor olhe nos olhos de seus alunos e pense o seu fazer visando enriquecer e desenvolver a humanidade de cada um deles.

Propostas novas na pedagogia vem sendo desenvolvidas a fim de trabalhar o aspecto da afetividade no relacionamento professor-aluno. É o caso do trabalho do pedagogo Albert Bandura. Bandura defende a tese de que uma importante ferramenta de ensino é a auto-regulação. Essa ferramenta conssite na capacidade do aluno avaliar a si mesmo no decorrer de seu aprendizado e redirecionar-se para obter êxito. Um fator que influencia no desenvolvimento da auto-regulação, segundo o pedagogo, é a qualidade da relação professor-aluno. Bandura aponta que a afetividade entre educador e educando pode ajudar a ativar os processos de auto-avaliação na medida em que ela permite um relacionamento mais significativo entre o aluno e o conteúdo a ser aprendido. Assim, a afeição entre professor e aluno atua como ponte para atingir os objetivos da educação, sendo de crucial importância.

É preciso que a educação brasileira volte-se mais para as questões que envolvem esse relacionamento complicado do educador e seus educandos. Relacionamento esse que precisa ser saudável e bem desenvolvido, permitindo que a sala de aula seja um ambiente mais humano, caloroso, agradável e que de fato propicie a apropriação e criação do conhecimento e da cultura humana. Professores, cordenadores, pais e alunos precisam compreender melhor o papel da afetividade na escola para que esta de fato atinja seus objetivos principais: a formação de seres humanos.



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