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O Sexto Sentido
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O Sexto Sentido (The Sixth Sense, Estados Unidos, 1999), logo
com a estréia, se tornou um dos sucessos mais surpreendentes da
temporada. com a presença do astro Bruce Willis, e um roteiro bem
amarrado, capaz de driblar as expectativas até de um experiente fã
de suspense. No filme, Willis interpreta um psicólogo infantil. Ele
tenta se livrar da culpa provocada pelo suicídio de um paciente
tratando de outro paciente bem parecido, o garoto Cole (vivido pelo
talentoso ator mirim Haley Joel Osment).
Cole é um garoto tímido e triste, incapaz de se relacionar socialmente.
A causa de seu sofrimento, é inesperada e introduzida de repente. "Eu
vejo pessoas mortas", anuncia o garoto ao terapeuta, causando impacto.
Essa, porém, não é a revelação mais desconcertante de O Sexto Sentido.
Concentrado em ótimos desempenhos do elenco, o filme ganha o público
de todas as idades ao lhe pregar sustos genuínos. Direciona ao aspecto
humano da trama, a solidão repleta de sobressaltos em que vive Cole.
Imagine enxergar fantasmas em cada canto, a qualquer hora, até nas
situações mais inesperadas. Por exemplo, numa ida ao banheiro no meio
da noite, no corredor da escola, na casa de amigos; pois era isso o que
acontecia com ele. E ainda para o cúmulo da tragédia, os espectros exibiam
as mutilações impostas por morte violenta.
A história gira em torno da vítima dessas visões que é uma criança, tão
assustada por elas e amedrontada pela idéia de revelar sua existência
e passar por louca. É essa a idéia central da trama, acrescida ao medo
de ser internada em um hospício.
Esse filme mexe com um tema que cada vez mais seduz Hollywood: a vida
após a morte. E, em especial, quanto à sua influência sobre o plano terreno,
conforme a inspiração espiritista que vem tomando os roteiros.
O Sexto Sentido segue a linha mais sóbria e, por assim dizer, realista, dessa
temática: conviver com quem já morreu, ainda hoje, com tantos acontecimentos,
pode ser tudo, menos uma experiência banal.
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