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Dialética do Esclarecimento/Indústria cultural


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Imaginemos um mais do que ?big? Big Brother, algo como o livro em que foi inspirado o ?reality show?. Atrás dos espelhos o ?Poder da Indústria Cultural?. Uma casa funcionando como um verdadeiro showroom, por uma porta entramos nós (produto) como que vindos de uma esteira, produzidos em série, enquadrados pelos poderosos braços tecnológicos preparados para rejeitar os defeituosos (os que pensam que podem pensar). Ao integrarmos nosso próprio show, podemos ser personagens diversas como... Religiosos fanáticos prometendo a felicidade sempre num lugar onde jamais poderemos constatar antes de chegarmos lá... Políticos encharcados de discursos que podem ser repetidos muitas vezes, como no teatro em que se muda a platéia e até os atores, mas o espírito do texto se mantém mesmo quando adaptado. Intelectuais, que a pretexto de ?enxergarem? o que o ser humano ?mediano? jamais poderia conceber, desenvolvem teorias sócio-culturais tão extensas que encadernadas geram volumes e mais volumes para serem devorados por... Estudantes ? mentes conturbadas (jovens atores trocando de espetáculo, depois de anos encenando adolescência - que provavelmente é de autor inglês, pois tem texto longo e de difícil compreensão - começam a ensaiar maturidade), lavouras férteis para se plantarem conceitos ?revolucionários? baseados em teses ?milenares?. Podemos ser ainda... Cientistas e Pesquisadores que fiéis à ciência produzem sistemas, equipamentos, teorias, descobertas em todas as áreas, mas depois sucumbem, transformando tudo em técnicas com etiquetas de preço, colocando valor na vida e negociando a melhor oferta. Povo ? personagens que gravitam como coadjuvantes esperando a chance de se tornarem protagonistas em suas próprias vidas, mas que passam, na maioria dos casos, toda uma existência como platéia. Atores que representam a própria representação, reproduzindo através de textos, especialmente elaborados, os modelos desenvolvidos para cada personagem do ?reality show da vida?. Artistas que criam o ?novo? e o ?original? a partir da cópia, com cores e formas que expressam como ?devemos? ver o belo. Executivos ? aqueles que julgam estar atrás dos espelhos sem perceber os espelhos atrás... Transgressores ? da lei, da ordem, da moral, da cultura, da vida, que pensam romper com as algemas do comportamento ?normatizado?, mas que apenas integram o grupo adequado à produção do ?lixo oficial?. Estadistas ? líderes de hordas compostas de personagens diversas ansiosas por trocar de papéis. E por outra porta saímos nós - consumidores/expectadores - ávidos por assistir a um show de vida nada fantástico, mas tratado como superprodução. Movimentando zilhões em dinheiro num gigantesco mercado, onde consumidor e produto se revezam na posição em relação ao balcão.


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