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Você é normal?


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"Me sinto perdida." - Me confessou uma amiga que estava passando pela
crise da meia idade - "Não fiz nada da minha vida além de sobreviver,
seguir o curso normal da vida, como todos fazem. E agora, após 40
anos, chego à conclusão de que o normal não é necessariamente o
melhor. Estudei, consegui um bom emprego, me casei, tive meus filhos,
segui os trilhos da vida da forma como meus pais haviam feito, como
meus amigos estavam fazendo, enfim, tive uma vida normal. Esperava
chegar aos 40 satisfeita, depois de anos de esforço contínuo para
manter minha vida dentro dos "níveis de normalidade" - um casamento
equilibrado, uma carreira em ascensão, filhos saudáveis, boas
relações sociais - mas estranhamente, não é isto que sinto por
dentro. A separação foi o estopim para que eu parasse e pensasse no
que eu havia construído ao longo de todos estes anos.

A conclusão não poderia ter sido pior... Não construí nada, não
realizei nada de concreto, apenas administrei minha vida dentro da
responsabilidade que tinha com relação à mim mesma e as pessoas à
minha volta, passei a vida administrando a inércia. Criei meus filhos
da melhor forma que pude, fui e continuo sendo uma boa funcionária na
empresa em que trabalho há 20 anos, mantenho os mesmos amigos desde a
época da faculdade, tenho boas relações com a vizinhança, participo
de projetos sociais, sempre fui uma boa esposa, fiel e dedicada, no
entanto o casamento foi o primeiro a ser deteriorado pela inércia.
Meu ex-marido também mantinha o mesmo padrão de comportamento, a
união não suportou tamanha desatenção. Meus filhos estão começando a
pensar na vida fora de casa. Meus colegas de trabalho, muito mais
jovens, já não me pedem mais ajuda, não há nada que eles saibam menos
do que eu. Não estou fazendo um melodrama, não estou reclamando da
vida, apenas estou pintando um quadro da minha situação atual. E
aposto que muitas pessoas da minha idade estão passando por isso
também. Da mesma forma, vejo jovens de 20 e poucos anos que,
infelizmente, terão o mesmo futuro. Há 20 anos eu poderia ter tomado
um outro rumo em minha vida e tornado-a interessante, diferente,
única, mas naquela época eu só queria era ser normal. Vi colegas
abandonarem a faculdade para seguir um sonho, outros se dedicarem
acima da média aos estudos e se tornarem pessoas de destaque, no
entanto, todos os que preferiam ser normais como eu, tiveram, em sua
maioria, o mesmo destino.

Hoje, lendo o livro de minha amiga Fran, penso que se tivesse a
oportunidade de planejar minha vida desde o início, de definir
objetivos de longo prazo, minha vida teria sido muito diferente. Não
fiz nada porque não sabia o que queria fazer, não sabia que poderia
definir objetivos e tentar alcançá-los, meus objetivos foram no
máximo os profissionais, que também não me levaram muito longe, pois
eu não sabia planejá-los. Ter objetivos definidos e planejados foi o
que faltou em minha vida, o que poderia ter me tirado da inércia e
feito com que eu construísse algo de fato. Sem eles, me senti
perdida por toda a vida, e o que me consolava era a segurança de
saber que o que eu estava fazendo era normal, pois todo mundo fazia a
mesma coisa. Mal sabia eu que o mundo está do jeito que está por
causa destas pessoas "normais" que nada fazem para mudá-lo, que
preferem criticar a botar a mão na massa e tentar melhorar o lugar em
que vivemos. Se pudesse voltar 20 anos e viver tudo de novo,
planejaria minha vida nos mínimos detalhes, definiria grandes
objetivos, não perderia tanto tempo com bobagens, brigas, televisão,
não encararia feriados e férias como uma boa oportunidade para não
fazer nada, com a "nobre desculpa" de estar descansando, me
preocuparia em construir algo que pudesse ser aproveitado pelas
futuras gerações, me preocuparia em fazer a diferença e não em ser
mais um ser humano comum que só suga o que esse mundo tem a oferecer,
mas nada cede, nada constrói. Enfim, a única coisa que eu não
gostaria de ser era "normal", pena é que essa parece ser a única
preocupação dos nossos jovens..." Você se identificou com a estória
da minha amiga? Você possui a "síndrome da normalidade" ? O que você
está fazendo para tornar a sua vida interessante e única?

Saiba que nunca é tarde demais para mudar!


Veja mais em: Filosofia

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