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A visão ecológica de Leonardo Boff


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Inspira-nos em particular o enfoque sobre estas dimensões examinadas pelo teólogo Leonardo Boff, que hoje constitui um dos mais brilhantes expoentes da visão holística do ser humano. Com o espírito dos sábios Leonardo se vale de conceitos que foram sintetizados por Fritjof Capra e que resultou na formulação da Teia da Vida, embasando cientificamente a total integração de todos os elementos constitutivos do universo.

Em seu livro ?A águia e a galinha ? Uma metáfora da condição humana?(Editora Vozes), o teólogo,usando os conceitos de arquétipo (conforme a formulação de Jung) mostra-nos que ao falar de vida biológica está falando de nutrientes, saúde, trabalho, sexualidade, enfim de todos os aspectos que confere ao ser humano a sua dignidade de ?filum? destinado ?a crescer e multiplicar-se?, além, naturalmente de toda sua dimensão espiritual.

Leonardo Boff foi também um arauto da condição do oprimido; aquela situação que impedem os humanos realizar suas dimensões mais básicas. O quadro mundial de suas denúncias possui uma boa síntese nas pesquisas do professor Ladislau Dowbor, que nos revela os dados a seguir:

?(...) O resultado desta modernidade que tanto nos deslumbra com suas inovações tecnológicas tem muito pouco de compromisso ou de compaixão. Enquanto 800 milhões de habitantes dos paises ricos ostentam uma renda per capita de mais de vinte mil dólares, 3,2 bilhões de habitantes do mundo sub-desenvolvido vivem com uma média de 350 dólares, menos de 30 dólares por mês. Cerca de 150 milhões de crianças hoje passam fome no mundo, cifra projetada para 180 no ano 2000, enquanto cerca de 12 milhões simplesmente morrem antes dos cinco anos. O analfabetismo atinge mais de 800 milhões de pessoas, e aumenta de cerca de 10 milhões a cada ano que passa. O planeta ganha anualmente cerca de 90 milhões de novos habitantes, sendo que cerca de 60 milhões já nascem nas áreas mais miseráveis, condenados no seu primeiro dia de vida. Não se conseguem os cinco centavos de dólar por criança que custa o iodo que impedirá o bócio, ou os dez centavos para a vitamina A que impedirá a cegueira. Cerca de um milhão de crianças ficam assim mutiladas para a vida inteira, por ano. Meio milhão de mães morrem anualmente de parto, por não ter acesso a serviços e informação médica elementar: no conjunto dos paises desenvolvidos são apenas 5 mil. Uma África devastada chora as suas últimas árvores, e vê os seus solos desprotegidos carregados pelos ventos e pelas chuvas torrenciais, enquanto o Ocidente que a devastou lhe recomenda cuidados ambientais. (...)? (in A Reprodução Soical ? Editora Vozes)

Este quadro nos assusta e muitas vezes nos sentimos tentados à respostas individualistas, à falsa espiritualidade, de buscar respostas apenas nos ritos (a espiritualidade com hora ou dia marcado), ao desespero e soluções alienantes (a moderna tecnologia nos supre de todos os Matrix/realidade virtual), ao ceticismo (vazio existencial), enfim de todas as formas que podem surgir para fugirmos de nós mesmos.


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