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Tecendo a Liderança Humana - O Curador


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?A arte de curar, de acordo com Theopèrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido por Paracelso (Séc. XIII), apóia-se em quatro pilares: a filosofia, que significa, antes de mais nada, "abrir-se ao conjunto das forças naturais, observar essas forças invisíveis na penetração da realidade total e perceber o invisível no visível"; a astronomia, que nos ensina como as estrelas nos influenciam; a alquimia, útil principalmente na preparação dos remédios; e virtus, a honestidade do médico. De acordo com Paracelso, o médico é a imagem primordial de uma pessoa que está se aperfeiçoando. Mais do que qualquer um, o médico deve reconhecer a ação da natureza invisível no doente ou, em se tratando do remédio, como ela trabalha no visível." Fonte: The Cauldron Brasil, www.thecauldronbrasil.com.br

Com a intenção de desanuviar, para o leitor, a minha visão sobre a liderança humana, reportarei-me ao Líder Curador (nós), analogamente, como um médico, independentemente da sua formação acadêmica, mas principal-mente como aquilo ou aquele que pode restabelecer a saúde física e a saúde noológica (psique, mente e espírito) daqueles que o procuram.
Neste ponto da tecedura da nossa Liderança Humana, deparamos-nos com um paradoxo, as mesmas forças e habilidades especiais que nos inculcaram a desenvolver, treinar e utilizar para superar e vencer no mundo prático e concreto pode, com freqüência, ser a causa da nossa sucumbência, limitando a nossa imaginação caso confiemos demasiadamente nas coisas conforme elas são ou parecem ser. Isso poderá levar a uma estreiteza de pontos de vista , a um apego à rotina e à ordem e a uma absoluta falta de habilidade para lidar com as áreas de atividades abstratas e teóricas . O Líder Curador deverá se abrir e tornar-se permeável à realidade do mundo invisível e comprometer-se com ideais específicos que servirão de guia para as suas atividades pessoal e profissional e, na condução das pessoas.

Para acessar esta dimensão, o tecelão da liderança, deverá enfrentar a morte simbólica, como no filme "Um Homem Chamado Cavalo" protagonizado pelo ator Richard Harris, no qual o seu personagem é submetido a uma série de testes de resistência à dor física para encontrar o seu verdadeiro Poder Interior.
Este tipo de teste, tão terrível, desempenha uma parte importante em todos os ritos de iniciação nas civilizações antigas ou primitivas. Às vezes, por exemplo, o iniciado é obrigado a passar a noite sozinho numa caverna escura ou numa floresta, onde precisa enfrentar uma possível "morte física" e resistir a ela, sem nenhuma outra ajuda além da sua força interior e dos seus recursos. Através destas provas o candidato encontrará um novo centro, até então incógnito no seu interior. Se sobreviver à experiência, emergirá, de fato, como pessoa renascida, em sinal do que lhe será concedido um novo nome, e é reconhecido como adulto pela comunidade.

Atualmente, praticamente não encontramos tais ritos iniciáticos, e se por um lado isto representa uma 'evolução' nos costumes, por outro os tecelões da liderança, na era moderna, encontram dificuldades para atravessar e alcançar a sua transformação integral. E por isso, alguns procuram tarefas quase sobre-humanas por meio das quais possam testar-se a si mesmos. No século passado, o solitário vôo de Lindbergh e a conquista do Everest por Hillary surgem como paradigmas desse gênero de iniciação auto-imposta. Ou mesmo as viagens de foguete tiveram idêntica finalidade. Mais recentemente, acompanhamos as viagens, solitárias, do navegador Almir Klink que, enfrentou os perigos da imensidão do mar aberto. Para outros, a resistência aos rigores da vida militar, a ameaça da morte física e o enfrentamento dos seus próprios instintos assassinos na guerra, podem ser um tipo de iniciação. Há aqueles em que, a prisão por recusar-se a pegar em armas e a hostilidade e o escárnio dos contemporâneos podem servir ao mesmo propósito, forçando àqueles que buscam a liderança interior, a pôr em ação novas forças .
Uma iniciação desse gênero pode ocorrer em vários momentos da vida, geralmente quando chegamos ao fim de certa fase ou estágio da busca da liderança, interior e exterior, e as circunstância exigem uma transformação para novos rumos. É um momento tremendamente desafiador, pois precisamos alterar os velhos e experimentados modos de funcionamento e experimentar uma nova e desconhecida forma de viver. Exige sacrifício, coragem e muita humildade para enfrentar a realidade do nosso lado mais inferior.
Daqui para frente, se superar a transição da morte simbólica, o Tecelão da Liderança Humana viverá a plenificação da vida exterior, mas não mais centralizado no ego, antagonicamente, terá o Poder do Líder Curador.


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