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Os Caçadores da Língua Perdida


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Os caçadores da língua perdida

Um encontro realizado na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, deu novo impulso a uma das maiores buscas ?arqueológicas? do planeta: a procura da língua mãe, um idioma falado há 100 mil anos e origem de todas as línguas existentes na Terra. Porém, a ?arca perdida? dos lingüistas ? que para muitos pesquisadores não passa de um delírio de imaginação ? não se encontra em um templo coberto pelas areias do Saara ou em uma pirâmide ainda desconhecida na selva amazônica. Sua descoberta depende de uma tarefa incrivelmente detalhada e minuciosa ? a reconstrução lingüística histórica, um processo baseado na comparação entre palavras de línguas antigas.
O pioneiro dessa atividade foi um juiz inglês na Índia colonial do século XVIII, Sir William Jones. Estudioso do antigo sânscrito, a língua arcaica da Índia, Jones começou a perceber muitas semelhanças entre esse idioma e algumas línguas européias, como o latim, o grego antigo e o gótico, o ancestral do alemão, e imaginou que elas teriam uma origem comum. Esse antepassado, chamado indo-europeu, foi ?restaurado? durante todo o século XIX. Atualmente, os lingüistas tentam estabelecer similaridades entre a família indo-européia e outras famílias, como as que incluem as línguas africanas e aquelas faladas na América pré-colombiana.

Superinteressante, nº 8, Abril, ago. 1989. p. 11)

A escrita antes dos maias

Descoberto há aproximadamente 20 anos em um rio próximo à cidade de La Mojarra, no México, um monólito com inscrições hieroglíficas pode mudar a história da escrita da América pré-colombiana. A pedra de basalto, com quase 2 metros de altura e 4 toneladas, contém 520 hieróglifos rodeando a figura de um rei. No meio do texto há duas datas citadas ? 143 e 156 ? quase 150 anos antes de qualquer texto maia do mesmo tamanho. Isso contradiz a teoria dos estudiosos em linguagem americana, que julgavam ter sido os maias os únicos a possuir, nessa época, uma escrita tão desenvolvida.
Os hieróglifos do auge da civilização maia, entre os anos 200 e 900, já foram vistos como simples iconografia elaborada, até que sua melhor compreensão trouxe aos estudiosos a certeza de que eram um registro histórico das dinastias maias. Com a descoberta em La Mojarra, parece que os mais não foram os primeiros a fazer isso. Os pesquisadores só não sabem ainda o que ele informa, pois não conseguiram decifra-lo, até por falta de outros registros iguais para comparação.

Superinteressante, nº 4, Abril, 1991. p. 14



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