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O Ex-presidente e o paulistério


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O fato do político não meter a mão em dinheiro público é, nos dias de hoje, algo merecer de respeito e admiração. O ex-presidente Itamar Franco de fato não mete a mão. Tem esse patrimônio, ou esse capital político.

Fora isso é um errático montado num ego descomunal e um péssimo caráter em se tratando de atitudes políticas. É aquele tipo que não põe o pé em dividida. Só se for por ele próprio e mesmo assim costuma mandar que outros coloquem.

Há cerca de dois meses, quando se meteu a ser candidato a candidato a presidente da República pelo PMDB, saiu-se com a seguinte declaração: ?O Brasil não agüenta mais ser governado por São Paulo. É preciso por um fim ao paulistério.?

Não tendo conseguido ser candidato a presidente, tampouco a indicação para o Senado pelo PMDB de Minas, bateu o pé, desmaiou, cheirou os sais e foi correndo a São Paulo dar apoio a Geraldo Alckmin. Ou seja, aprovar o ?paulistério?.

Isso é incoerência, mais que incoerência, é falta de vergonha.

Como não tem outro projeto político que não ele próprio, dane-se o resto. Danem-se os princípios. Dane-se tudo, mas é preciso tirar o ódio do congelador e destilá-lo no melhor do seu estilo, ?eu sou eu e mais ninguém?.

Delírios napoleônicos. O ex-presidente é admirador do imperador francês e tem várias estátuas de Napoleão.

Mas não é Napoleão, nem aqueles napoleões de hospício. É bem esperto.

Ao criticar o presidente Lula afirma que o dito cujo cercou-se de pessoas más. Foi embaixador do Brasil na Itália, nomeado por Lula, como parte do acordo que o levou a apoiar Lula em 2002, até o momento que quis. Saiu para vir tentar disputar as eleições.

Só depois disso é que ?descobriu? as más pessoas.

Quem correr aos jornais de 1992, época da crise do governo Collor, vai encontrar declarações exatamente iguais de Itamar sobre Collor. Enquanto perduravam dúvidas sobre o caráter do então presidente, sobre as trapalhadas do seu governo, ficou quietinho.

A propósito, se o Banco Central tiver jeito e puder, ou quiser, é só olhar quem fez saques grandes na véspera da posse de Collor e do confisco de dinheiro. Vai encontrar, nas agências bancárias de Juiz de Fora, uma relação completa dos amigos de Itamar.

Todos se salvaram. Deve ser coincidência.

Itamar está morto politicamente, acabou. Não tem alternativa. É aposentadoria e pronto.

Não obteve sua indicação para o Senado por uma razão simples.

Foi procurado por Newton Cardoso, que controla o PMDB em Minas, para ser o candidato do partido ao governo do Estado. Como estava no PMDB, mas apoiava e apóia Aécio, recusou.

Itamar seria o candidato ao governo, Newton ao Senado e o PMDB teria chapa própria.

Não quis. Queria o partido apoiando Aécio para governador, ser candidato ao Senado e o resto que se danasse.

Em 2002 rompeu um acordo com Newton, feito em 1998, quando foi eleito governador. Outra coisa simples. Apoiaria Newton em 2002. Não apoiou, quis ser reeleito e acabou apoiando Aécio.

Newton, lógico, um político esperto, vivo, vivaldino, deu uma banana para Itamar, articulou um acordo com o PT, saiu candidato ao Senado e Itamar, naquele estilo ?eu mais eu e mais nada?, sentiu-se traído, ofendido, maculado, mandou carta saindo do partido, coisa de criança da qual tiram o pirulito, indignou-se termina nos braços do ?paulistério.?

É uma figura menor, não tem respeito por nada que não seja seu ego.

Isso é falta de caráter. Talvez decida passar uns dias em Aracaju para ser consolado e consolar.


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