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OS PROBLEMAS FUNDAMENTAIS QUE SE PÕEM A QUALQUER ECONOMIA - III


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Será facilitada a compreensão dos fenómenos do crescimento pela criação de capital se utilizarmos uma linha-limite referida a dois tipos de bens: bens de consumo e capital (bens indirectos).
Principiemos por imaginar uma ?comunidade perdulária? que, mais interessada nas satisfações presentes do que nas necessidades futuras, dedicasse a esmagadora maioria dos seus recursos à produção de bens de consumo em detrimento do capital. O ponto P é referente a um determinado ano. Pelas razões aduzidas, esta economia teria de contentar-se com um crescimento menor no futuro. Vinte ou trinta anos depois, a manter-se aquela tendência a linha converter-se-ia na linha representada a tracejado, um pouco para a direita, a reflectir um crescimento de pouca amplitude. Mas passemos a uma ?economia frugal?, disposta e capaz de abster-se de algum volume importante de consumo a fim de produzir meios (capital) susceptíveis de assegurar maior produção no futuro. Ora, a manter-se, teria o seu prémio: daí a uns anos, a capacidade produtiva viria substancialmente alargada, representada na linha tracejada. O ?arranque? (take-off) da economia Consideremos uma economia que se situe no ponto A0. Tal economia não pode dar-se ao luxo de produzir bens capitais e, portanto, consome todo o produto. Não haverá crescimento, a linha-limite não se desloca para a direita: a economia não ?arranca?. O crescimento só teria lugar se começassem a produzir-se capitais em detrimento de algum consumo e suportando as consequentes privações. Se a economia conseguir renunciar em apreciável medida a consumos correntes, e passar a ocupar, por exemplo, o ponto A1 ela fica em condições de poder presentear as gerações futuras com o benefício correspondente. Porque se podem produzir agora bens capitais no montante K1, a capacidade produtiva entra em expansão e a linha limite desloca-se em princípio para a direita de forma tanto mais acentuada quanto maior for a ordenada do ponto A1. A economia agora sobre a nova linha-limite, pode produzir em A2, mais bens capitais sem sacrificar os seus consumos. Deste modo a economia conseguiu ?arrancar? (take-off). As renúncias abriram caminho a algum crescimento que poderá ir-se acentuando cumulativamente sem necessidade de tão grandes sacrifícios no futuro. A linha-limite é, pois, projectada para a direita, revelando tal circunstância a possibilidade que a economia passa a ter de produzir mais bens de consumo e simultaneamente mais bens capitais. 3 ? A expansão do volume da população activa Vimos que o crescimento depende também da expansão da população activa. O crescimento da capacidade produtiva não é sinónimo de aumento do produto Nacional ?per capita?: o aumento do ?bolo? global do PN não implica um aumento da ?migalha? que, em média, cabe a cada cidadão. Com efeito, se a população aumenta mais do que proporcionalmente ao aumento do PN, há crescimento, mas não há elevação do nível de vida. E mais: se a população crescer, pode nem sequer haver consequente crescimento económico. Quer tudo isto significar que o crescimento da população activa apenas cria condições que tornam possível o crescimento se convenientemente aproveitadas.


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