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Cultura da imagem e educação: a valorização do sensível na relação pedagógica
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O momento atual está marcado por diversos problemas sociais, que se evidenciam sobretudo, na carência de humanidade e solidariedade com o outro. A organização do mundo ao redor do capitalismo tem privilegiado o racionalismo, deixando de lado a sensibilidade e fazendo com que o homem negue sua própria natureza, de sentir, de perceber a si mesmo e ao outro, privilegiando um discurso lógico-racional. A valorização da mercadoria e do consumo, a luta pelo poder, coloca em questão valores éticos, onde a superioridade dos atributos materiais sobrepuja as relações humanas. O ritmo rápido e fragmentado do contemporâneo nos impulsiona para novas formas de relações humanas, estabelecidas de forma efêmera, em que o aqui e o agora ganham espaço. Nesse contexto a visibilidade, a valorização do corpo, da emoção e do sensível, apresenta-se como uma proposta alternativa frente a uma radicalidade lógica.
Através da imagem e da corporeidade se delineia um caráter expressivo, onde se evidenciam aspectos da vida, da cultura, do conhecimento, da comunicação, dos afetos, sejam eles de ódio ou de amor. Por que deixarmos de fora, da educação ou da escola, estas dimensões do mundo contemporâneo? Porque nos aproximarmos delas somente quando falamos de lazer ou de consumo, se a imagem e o interesse pelo corpo tem sido uma constante em nosso cotidiano?
O educador deve estar atento à dimensão expressiva da corporeidade e da imagem, como algo que permite perceber o aluno em sua integridade humana, enquanto ser sensível, enquanto participante de uma realidade onde a imagem tem sido fator fundamental na expressão e comunicação.
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