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Livro Didático de Língua Portuguesa: o retorno do recalcado


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Ao começar o seu artigo, ?Livro Didático de Língua Portuguesa: o retorno do recalcado?, publicado no livro ?O livro didático de Português: múltiplos olhares?, de Ângela Paiva Dionísio e Maria Auxiliadora Bezerra (2005), Egon Rangel destaca que a avaliação começa a interferir no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 1996 em concordância com o despertar do interesse de educadores e pesquisadores sobre a questão.
O objetivo de seu artigo, e também de toda a coletânea do livro a qual pertence, é apontar os problemas ainda existentes, proporcionar uma discussão sobre o assunto, estimulando análises, reflexões sobre a escolha e o uso do Livro Didático (LD), tendo como base alguns dos livros aprovados e indicados pelo Guia do Livro Didático.
Em seguida, Rangel esclarece o título de seu artigo, com base no conceito da Psicologia do ?recalcado?, como sendo uma volta com força redobrada de idéias, sentimentos e desejos que se tentou excluir, equiparando ao não-enfrentamento da condição da educação pública e a má-formação dos professores que se tentou compensar com a distribuição em massa de livros didáticos e logo em seguida culpar pelos fracassos dentro das salas de aula.
O autor salienta que o PNLD instituiu perspectivas teóricas e metodológicas bem definidas e que os princípios e critérios adotados na Avaliação dos livros vêm da orientação pragmática que modificou a visão nas concepções de língua e de o processo de ensino-aprendizagem. Tal mudança começou a proporcionar oportunidades para novas hipóteses, estimulando novas tentativas de praticas de ensino que levassem em conta o desenvolvimento de habilidades e competências a partir de conhecimentos e experiências prévias trazidos pelos alunos como sugere a perspectiva sócio-cognitiva interacionista.
Assim, Rangel deixa claro que o ensino não pode mais desconsiderar durante o processo de ensino-aprendizagem toda a bagagem trazida pelo aluno, bem como mudança na concepção da visão de língua e linguagem proporcionados pelas novas correntes teóricas que abandonam a visão de sistema, código e gramática, para entender a língua como interação e discurso.
Diante destas colocações, o autor afirma que o ensino da língua deve ser uma forma específica de interagir e não apenas uma porção limitada de informações desconexas sobre a língua, desenvolvendo trabalhos práticos com a produção de textos escritos e orais. Nesse sentido os avanços da Lingüística Textual também ajudaram, contribuindo com conceitos de textualidade, coesão, e coerência, considerando o texto como uma unidade de sentido e um todo articulado.
Para Rangel, o aluno não deve dominar as regras da gramática, mas os meios de funcionamento dos diversos tipos de textos, priorizando a prática e então completar com conhecimentos conceituais e abstratos na medida em que forem necessários, e não simplesmente achar que tais conceitos, dados em suficiente quantidade, levaram à prática com perfeição.
Outros dados apresentados pelo autor mostram que Sociolingüística e a descoberta da enorme diversidade de variantes ?destronam? a norma culta de seu pedestal de adoração, ajudando a combater mitos e preconceitos a respeito do ?falar e escrever correto?. Assim como a questão do letramento e do papel da escola como instituição que deve proporcionar as práticas sociais de leitura e escrita, mas sem ignorar as tantas outras instituições que podem colaborar no processo de letramento.
Depois de dada toda a fundamentação teórica necessária, Rangel afirma que atualmente, o ensino de língua materna deve ser uma amálgama de várias frentes da lingüística e que a Avaliação do PNLD é baseada nestes pressupostos.
Diante destas necessidades, o LD para passar na avaliação deve atender os propostos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ?ganhando pontos? na classificação no Guia ao apresentar uma série de quesitos enumerados pelo autor que, segundo ele, são imprescindíveis para se ter um bom livro didático.
Antes de terminar seu artigo, Rangel salienta que o livro didático ideal ainda está muito longe dos que estão hoje disponíveis no mercado, mas que o processo para se chegar até eles não está estacionado e que autores e editores vêm se esforçando para tal, assim como a própria Avaliação do PNLD que não pode se acomodar e deve permanecer em constante evolução acompanhando os progressos dos estudos teóricos.
Ao final, o autor considera seu artigo (e também todo o livro) uma ajuda fundamental para melhorar os LD, por trazer os critérios de avaliação e sugestões, bem como demonstra uma esperança que ele possa despertar a discussão sobre o assunto, ajudando assim a amadurecer as práticas ainda iniciantes de regularizaçãe regularizaç amadurecer as praurecer as praticas aida pertar a duscussem ignorar as tantas outras instancias o da situação do LD e consequentemente da educação.


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