A Antropologia Física em seu início confunde-se com uma ciência morfológica. Estabelecendo-se até a relação de igualdade entre a Antropologia Física e a Biologia Humana, quando é definida como história natural dos hominídeos no tempo e no espaço (R.Martice), incluindo-se, no campo de investigação, o desenvolvimento cultural, como peculiaridade da natureza humana.

Atualmente, a prioridade das investigações recai sobre o aspecto molecular, o que denota uma tendência reducionista. Salzano salienta que determinados fenômenos só podem ser explicados por uma análise de todo o sistema.

No passado, a Antropologia Física esteve muito ligada a explicações pela noção de tipo, gerando identificações estereotipadas dos grupos indígenas. Esta noção é substituída pela noção de avaliação estatística de dados obtidos pela manipulação genética de populações.

A partir disto, a questão da identidade indígena coloca-se como um ponto polêmico. É um erro a utilização da caracterização biológica neste caso. O conceito de identidade étnica é mais propício para resolver esta questão.

Dentro da história Indígena,os estudos biológicos podem contribuir para clarear diversos aspectos e fatos, como, por exemplo, a questão da origem do homem americano; o contato com o homem europeu e o impacto da conquista; os movimentos migratórios e demográficos, etc.

Por fim, a História Indígena acaba contribuindo para o desenvolvimento da Antropologia Física. A gama de diversidades de populações, a dinâmica demográfica de cada uma delas, os contatos e migrações que realizam, etc, contribuem para a explicação de dados biológicos.

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