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As 7 Maravilhas da Era Medieval. A Muralha da China


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Ela se iniciou em um período considerado como primavera e outono chinês, em 770 a.C., mas na forma de proteção individual de reinos que se combatiam mutuamente época que teve longa duração, até 475 a.C..
Neste período a China tinha sete reinos independentes. Eles eram denominados pelas seus respectivas dinastias: Chu, Qi, Wei, Han, Yan, Qin e Zhao, além dos bárbaros do norte. Todos se protegeram contra as invasões vizinhas edificando suas próprias muralhas erigidas em terrenos de difícil acesso e declive considerável (dificultando a sua escalada). Em 221 a.C., Qin Shi Huang Di conseguiu unificar os sete estados formando uma nação e conferiu ao seu povo mudanças significativas no âmbito econômico, comercial, social mas foi responsável principalmente pela implantação do conceito de império.
Nesta época, ele pretendeu unificar todas as barreiras formando a imensa muralha para conter os invasores liderados por Átila o Huno, cujo poderio militar era muito superior.
Os interesses de Átila foram bem reconhecidos por Huang Di e não incluía nenhuma forma de aprimoramento ou desenvolvimento para as localidades, o único intento de Átila era o de destruir. Quando Átila se confrontou com a imensa muralha sobre desfiladeiros, pronunciou: "a muralha tem começo, a muralha tem seu fim" . Átila cavalgou durante vários dias ao longo de todo o trecho desde a região central da China até se cansar de procurar o fim da imensa muralha. Terminou desistindo de invadir o território chinês e passou a destinar seu ímpeto pela destuição ao ocidente.
No início do séc. II a.C., Qin Shi Huang Di morreu e foi sepultado junto a um exército de soldados em terra-cota, porque os chineses acreditavam na vida após a morte (tal como os egípcios), de maneira que entendiam como necessário um exército pra sua proteção no além vida (são impressionantes 56 km2 de esculturas incluindo civis e militares, carruagens e cavalos, bem como todo o aparato de um verdadeiro império representado por estátuas em tamanho natural).
Com a morte do imperador, a obra foi abandonada mas não a sua idéia. Porém, ela só seria retomada com vigor durante a dinastia Ming (1368-1644), período em que seu potencial econômico com a exportação de mercadorias como a seda, a porcelana e o chá (muito bem recebido na Europa), viriam a enriquecer a nação significativamente. Foi neste período que o traçado e características foram concluídos, inovando com a utilização de olarias onde alguns tijolos chegam a pesar 12 quilos, mas também foram utilizadas pedras que obrigam o uso de várias pessoas para carregar.
A muralha atual foi reconstruída sobre a base original nos tempos da dinastia Ming até alcançar uma extensão de 5.660 Km, começando por Shanghai a leste para Jiayu a oeste, atravessando também quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu), duas regiões autônomas (mongólia e Ningxia) e Beijing.
Sua complexidade como obra de engenharia é impressionante, porque em alguns trechos íngremes existem até 70 graus de inclinação e a largura alcança variações entre 4,5 e 9 metros, com uma altura média entre 4,5 e 12 metros ao longo de toda sua extensão, a pista de passagem varia de 0,40 a 6 metros. Foram erguidos os muros contornando as montanhas e os vales, com torres e atalaias que possuíam a função de alarmar contra os possíveis ataques.
Sempre que percebiam alguma tentativa de ataque, os vigilantes que ficavam à postos nas torres erguiam uma tocha ao primeiro sinal. Os outros ao perceberem repetiam o gesto de maneira sucessiva fazendo com que em poucos minutos todo o império soubesse da tentativa e com isso se preparavam para o combate e evitavam a invasão.
Porém, sua finalidade não foi a solução por todo tempo, apesar de servir como barreira protetora contra os interesses de Átila que acabou desistindo de invadir o território e partiu para o ocidente finalizando com a queda do império romano, os Manchus penetraram na região e puseram fim à dinastia Ming, ampliando o território chinês para o norte. Desde então, a muralha deixou de possuir uma finalidade e foi abandonada pelos novos líderes da dinastia Qing (1644 - 1911).
Ao longo do tempo, o desinteresse prosseguiu até que Mao Tsé-Tung ordenou a destruição de vários trechos para que se construíssem estradas e reservatórios. O líder comunista via na muralha um símbolo do passado chinês e de seus imperadores, algo que não convinha aos seus interesses comunistas.
No entanto, seu sucessor e também líder comunista Deng Xiaoping, decidiu recuperar a muralha porque a interpretou como símbolo nacional e passou a estimular a nação em favor de sua restauração, mobilizando o seu povo para uma campanha de restauração do monumento nos anos 80.
O que se viu foram operações desordenadas e desastradas, sem acompanhamento ou conhecimento de engenharia e/ou projeto de restauração. Em Jiayuguan o extremo oeste do trecho que era feito orginalmente em argamassa e pedra, sofreu um reforço em cimento e o peso considerável do novo material proporcionou a ruína de tudo o que restava de uma torre com 630 anos de existência.
Todo o projeto que se viu foi o de mobilizar a população para que a imensa muralha viesse a ser reerguida com o propósito de exploração dos recursos turísticos na região, pois poderia e trouxe, muitos dólares para os cofres públicos (o sistema comunista mantinha e explorava todas as atividades comerciais). Neste afã pela exploração comercial, só houve a degradação constante, com empreendimentos que não visavam sua manutenção ou a devida restauração.


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