PUBLICIDADE

Página Principal : História


Um CICLISTA DE PADERNE


Publicidade



VIVA O CICLISTA PADERNENSE  ZÉ MARTINS.

por SOOUSAFARIAS

Gostava de citar nesta crónica, o nome de alguns ciclista algarvios de antigamente, que, apesar de não conhecer, sei que foram grandes na modalidade e falar um pouco de ciclismo, apesar de não ser especialista na matéria.

O ciclismo é uma modalidade muito apreciada no Algarve pelo seu cunho popular e o Algarve teve muito bons praticantes. Sabia que o Zé Martins tinha sido grande, mas não o sabia de Paderne. Nas conversas com outros apaixonados da modalidade, acerca de corredores de antigamente, nunca me falaram do Zé, mas sim do Cabrita Mealha, que era de Messines, um corredor vocacionado para longas distâncias, com grande poder físico mas franzino, que, quando arrancava, deixava  tudo e todos para trás, de tal forma, que ficou célebre o dito ?Arranca Mealha!?, que ainda é do meu tempo.

 Outro grande ciclista que passou ao lado de uma grande carreira, foi o Joaquim Apolo do Louletano. Corredor tipo Mealha e fisicamente poderoso. Outro igualmente grande, foi o Ildefonso Rodrigues, do Sporting e natural de Faro, um ?sprinter? de categoria internacional e também os irmãos Palmeiras, o Manuel e o Rolandino, este último também ?sprinter?, todos grandes corredores. Se  juntarmos a estes, o nome do Zé Martins, aí está um conjunto de meia dúzia de ciclistas do melhor que houve em Portugal dos quais apenas o Zé ganhou as Voltas  a Portugal de 1946 e 1947.

No plano internacional, em 1946 e 1947, as grandes vedetas do ciclismo  eram o francês Jean Robic, vencedor da Volta à França de 1947, os italianos Fausto Coppi vencedor em 1949 e 52  e Gino Bartali vencedor em 1938 e em 48, os suíços Ferdi Kubler vencedor em 1950 e Hugo Kubler vencedor em 1951. Nos três anos seguintes venceu o grande Louison Bobet, francês. Nos últimos anos houve grandes ciclistas na Volta à França, entre os quais cito o francês Jacques Anquetil, o belga Eddy Merckx, o francês Bernard Hinault, que ganharam todos cinco voltas mas não seguidas, o espanhol Miguel Indurain que ganhou cinco voltas seguidas e o norte- americano Lance Armstrong que ganhou sete voltas seguidas. Na minha opinião, o melhor de todos foi o espanhol Miguel Indurain, bom em tudo, no plano, na montanha  e no contra-relógio.

 O nosso Zé Martins foi do tempo do  Jean Robic, do Gino Bartali e do Fausto Coppi.Correr no pelotão da Volta à França, com 250 corredores ou mais, ou na Volta a Portugal com 130, é uma tarefa para autênticos campeões. Os portugueses sempre deram provas de grande habilidade em cima da máquina, como foi o caso daquela equipa do Sporting que correu com Joaquim Agostinho, na Volta à França, e que deixaram os franceses de boca aberta, tal era  a habilidade demonstrada.

Um dos grandes feitos, contado pelo jornalista Carlos Miranda, dos corredores portugueses na Volta à França, foi protagonizado por Joaquim Agostinho, que, uma vez, em que o pelotão partiu,  ficou no meio, e  não apanhou os da frente nem foi apanhado. Parece fácil mas não é;  é neste comportamento do corredor que está a beleza do ciclismo.    E com estas pequeníssimas recordações, quis homenagear um grande ciclista: o Padernense José Martins aos 90 anos de idade. Parabéns, campeão!




Veja mais em: História

Artigos Relacionados


- Guerra Dos 100 Anos
- Vilão (folclore Brasileiro 9)
- Obra
- Grandes Pensadores ? Alexis De Toqueville
- Vicente De Paula, Luís Xiv E A América
- Arriba Com Deus Mano JoÃo
- Obra C/o Sentido E Forma Da Poesia Neo-realista


 
Sobre o site: Quem Somos |  Contato |  Ajuda
Sites Parceiros: Curiosidades |  Livros Grátis |  Resumo |  Frases e Citações |  Ciências Biológicas |  Jogos Online