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Leitura e resumo do artigo do Dicionário de Mariologia, FIORES,


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8º) Parte: Bíblia (ASerra, 200-261)

BÍBLIA 

      Tomados pela ordem do tempo os testemunhos mariológicos no NT oferecem uma vantagem indiscutível: isto é, permitem-nos ver de que modo e conforme que progresso os autores inspirados tomaram consciência da pessoa e do papel de Maria no arco de toda a história salvífica, antes em suas prefigurações veterotestamentárias, depois em sua missão materna em relação a Cristo e à Igreja. Vária fontes extras-bíblicas, especialmente do judaísmo antigo, são matérias importantes que servem para lançar luz sobre o genuíno sentido dos livros sagrados. (Apócrifos)

      Todo o Antigo Testamento anuncia o Cristo de forma velada e profética, mas desenha, igualmente, o Rosto de Maria de forma velada (Arca da Aliança, Arca de Noé, Sarça Ardente, Tabernáculo do Altíssimo, Templo de Deus, Filha de Sion, Virgem de Isaías, Bem-amada do Cântico, Paraíso do Céu).

1 ? Paulo

      Paulo recorda a mãe de Jesus em Gl 4,4. Esse é o primeiro testemunho mariano do NT. Em ? Mãe de Deus (1,1) e ? Virgem, esse versículo é examinado para destacar aquilo que diz respeito à maternidade de Maria (como <mulher> mediadora da encarnação do Filho de Deus) e também para perguntar se Paulo já tinha conhecimento do mistério da concepção virginal.

      Gl 4,4 é apenas o germe inicial da doutrina mariana, desenvolvida depois pelos outros documentos do NT. Maria está vitalmente vinculada ao projeto salvífico de Deus. As palavras do Apóstolo conduzem-nos ao coração mesmo da história: na ?plenitude dos tempos?, o Filho de Deus nasceu de uma mulher, Maria de Nazaré, participe de modo singular no mistério do Verbo, tendo dado à luz no tempo o Filho gerado pelo Pai desde a eternidade.

2 - Marcos

      Voltando agora a Mc 3,20-21.31-35, devemos enfrentar o ponto mais delicado em relação à cena nele descrita: que sentido pode ter a presença de Maria entre os familiares que vêm para para deter e moderar Jesus? Será que é indecoroso atribuir essa atitude também a Virgem? Não, na medida em que consideramos seriamente os dados bíblicos relativos ao progresso de Maria na fé.

           Marcos ensina que até Maria, a criatura mais estreitamente liga a Jesus pelos laços de sangue, teve que se elevar a ordem mais alta de valores. Nesse nível de profundidade, a figura de Maria mãe se harmoniza e se completa com a figura da discípula.

3 ? Mateus

      Mateus transmite dois tipos de memória em relação a Maria: uma no curso do ministério público de Jesus; outra nos primeiros dois capítulos, relativos à infância. Sendo assim, é muito que se observe os aspectos restantes de MT 1-2, sempre do ponto de vista mariológico. Eles dizem respeito à genealogia de Jesus e à releitura de Is 7,14 por Mt 1,22-23. 

          A partir do aspecto genealógico, se constata que Cristo não se torna rei por sucessão dinástica, mas por concepção virginal e por ressurreição: ambas são obras do Espírito, que tudo renova (Cf. Sb 7, 22.27). Jesus Cristo traz na sua vida um fato inédito: Ele não tem pai humano; a sua concepção no ventre de Maria não é fruto as semente de José, mas deve a intervenção direta do Espírito Santo (Mt 1,18.20). Portanto, na origem humana de Cristo não está José, mas sim Maria, que ?achou-se grávida pelo Espírito Santo? (Mt 1,18). Deus é a causa transcendente da novidade de Cristo Salvador.

4. Lucas

      Lc é o evangelista que mais fala de Maria. De um total de cento e cinquenta e dois versículos do NT relativos à Virgem, nada menos que noventa são devidos ele: um aparece nos Atos dos Apóstolos (1,14) e oitenta e nove no terceiro evangelho (Lc 1,26-38.39-56; 2,1-52; 8,19-21; 11, 27-28).

      Diversos conteúdos desses versículos estão em ? Mão de Deus (Lc 1,35.39-44.56), - Rainha (Lc 1,32b-33.43), - Virgem (Lc 1,31.34.35; 2,7), - Filha de Sião, Magnificat (Lc 1,46-55), Sábia (Lc 2,40-52; 2,19.51b; 8, 19-21; 11, 27-28).

      Na anunciação. Observemos o discurso mediador. Conforme as circunstâncias, o mediador pode ser profeta, rei, líder do povo e o sacerdote. Enquanto mensageiro de Javé, está entre Deus e seus irmãos (cf. Dt 5,5), para que anunciar-lhes que qual é a vontade divina nesta ou naquela circunstância. Habitualmente recorda os benefícios concedidos por Deus ao seu povo.A promessa de fidelidade jurada nas vertentes do Sinai (Ex 19,8; 24,3.7) no dia da assémbleia do povo (Dt 4,10) permaneceu profundamente impressa na memória de Israel. Ela é comentada por Dt 5,2.7-29 e mais tarde, com surpreendente freqüência, pelo pensamento judaico, inclusive pré-cristão.

           A situação de Maria: O tema central que circunda a vida de Maria na Anunciação e Encarnação é a certeza do seu ser virginal.




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