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A Morte de Deus e o Tribunal da Razão


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A Filosofia da Morte de Deus está relacionada ao pensamento de Friedrich Nietzsche. Acredito que muitos ainda não compreenderam o que ele quis dizer com a relação à providência divina e a morte de Deus. Nietzsche viveu praticamente seus últimos dias no final do século XIX. A maioria dos Filósofos e historiadores são críticos da visão teleológica de mundo. A crise iluminista já era percebida no final deste século. É importante ter cuidado com a expressão de Nietzsche. Muitos podem pensar que ele era um niilista por natureza. No entanto, acredito que a matriz de pensamento da teologia cristã grega já estava em crise há muito tempo. O alicerce da era da razão já estava em ruínas e a sociedade européia já se identificava com suas futilidades. Vivia-se a visão de mundo determinístico segundo a visão do cientista Laplace. O século seguinte seria de grandes descobertas científicas onde o mundo seria revolucionado pelas guerras e paradoxalmente o caos social estava às portas escancaradas para grandes conflitos e genocídios. Nietzsche além de Filólogo e Filósofo era um homem que pensava além de sua época. Ele acreditava que o mundo precisava passar por um novo ciclo de transformações e mudanças de paradigmas a fim de que viesse sobreviver diante do caos social. Se a sociedade dos próximos séculos estava sendo preparada para viver o sentimento intelectual niilista, a sua única esperança era declarar a Morte de Deus, ou seja, a filosofia dicotômica de corpo e alma cartesiana, junto ao projeto Iluminista, descartava totalmente da visão teleológica de Mundo. Pois bem, o século XX sobreviveu a duas grandes guerras mundiais e a tecnologia materializou e secularizou a sociedade ocidental. O século XXI vive a crise da pós-modernidade, onde a escala de valores vira fumaça e a civilização se confina e se embriaga com a idéia de progresso. A banalização do nome de Deus se evidencia, e a fé se transforma em pura crença mercantilista. A fé é um instrumento de triunfo onde se ausenta dos valores e abraça a mesma idéia de civilização de progresso. Acredito que Nietzsche dentro deste cenário histórico eurocêntrico fez uma excelente leitura vaticínica: "A Morte de Deus", ou seja, a ausência da providência divina a partir do projeto absoluto da razão estava decretada.



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