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A Terminologia Expressa no discurso dos Especialistas da Ciência da Informação: um estudo de caso


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ALVORCEM, Rochelle Martins. A Terminologia Expressa no Discurso dos Especialistas da Área da Ciência da Informação: um estudo de caso. orientação Regina Helena van der Laan. Porto Alegre: UFRGS/FABICO, 2006. Na área da Ciência da Informação (CI), assim como em todas as outras áreas do conhecimento, existem termos muito utilizados no meio científico e acadêmico. A este conjunto de termos próprios ou relativos a um determinado campo do conhecimento ou a uma área de especificidade denomina-se terminologia. Para o pai da Terminologia moderna, Eugen Wüster, (1974, apud MACIEL, 2001, p.33) ?Terminologia significa tanto o sistema de conceitos e de denominações de uma área acompanhados de seu significado, como o estudo dos termos de uma especialidade determinada, em uma língua concreta?. Com a chamada explosão informacional, é cada vez mais freqüente o acesso à informação. Este acesso pode ocorrer de várias formas, necessitando para isto que as informações tenham sido organizadas adequadamente pelos bibliotecários. Esta organização pressupõe alguns procedimentos inerentes à função e ao conhecimento do bibliotecário, tais como, conhecimento sobre organização e tratamento das informações e conhecimento de recursos tecnológicos, como a informática. Atualmente, graças ao desenvolvimento informacional e tecnológico, a maioria dos catálogos das bibliotecas está informatizado, estando disponíveis em redes de computadores como a WEB (World Wide Web) e as Intranets. Para isto é necessário que o S.R.I de cada biblioteca tenha um cuidado muito maior na hora do processo da indexação, principalmente no que diz respeito ao assunto a ser indexado, ao tema, à representação temática. Estes S.R.I eventualmente disponibilizam redes de remissivas; dessa forma, somente o termo autorizado está representado no sistema. Ocorre que os usuários empregam em suas estratégias de buscas termos de seu acervo lingüístico, que nem sempre irá coincidir com o termo empregado pelo S.R.I. Neste momento, o processo comunicativo entre sistema x usuário é interrompido, resultando no chamado silêncio. O emprego de uma linguagem documentária do tipo tesauro, pode minimizar estes problemas. Mas isto só será verdadeiro se este tesauro estiver representando a terminologia da área à qual se destina. Isto significa dizer que os descritores deverão ser coletados em situação discursiva, sendo possível identificar as diferentes representações feitas pelos falantes especializados. Desta forma, evidencia-se, que este trabalho buscou verificar a existência de correspondência entre as unidades indexadoras empregadas para a representação da informação nas diferentes bases de dados e as unidades lexicais do acervo lingüístico expressas no discurso dos especialistas na área da Ciência da Informação. Assim o objetivo principal deste estudo foi verificar se a terminologia expressa no discurso dos especialistas na área da Ciência da Informação, possibilita de forma precisa e pertinente a recuperação da informação registrada nas diferentes bases de dados. O princípio norteador deste trabalho pressupõe que existe uma relação de comunicação entre o usuário e o S.R.I, bastando para isto que as linguagens utilizadas por ambos sejam coincidentes e tenham os mesmos conceitos. O presente trabalho inicia-se com a fundamentação teórica sobre a internet, ferramenta empregada para a análise das bases de dados; processo de recuperação da informação; e terminologia. A seguir, apresentam-se os procedimentos metodológicos, explicitando a constituição do corpus textual e do corpus de pesquisa, os sistemas de bibliotecas objeto de análise deste trabalho e caracteriza-se o sujeito de pesquisa, ou seja, o que se entende como usuário ideal de bases de dados de uma biblioteca. Seguindo, realizou-se uma análise dos dados obtidos, registrados em tabelas comparativas e de exemplos, observou-se que o uso de uma terminologia já consagrada pelos especialistas da área da Ciência da Informação não pressupõe comunicação com os S.R.I. Finalizando, constata-se ser interessante fazer uma nova abordagem na forma de analisar tematicamente os descritores e também ter um cuidado especial na escolha e na utilização de um vocabulário controlado, principalmente pela grande disseminação da informação e pelo crescimento no meio científico e acadêmico da terminologia usada na área da Ciência da Informação. Sabe-se que a informação é o recurso do poder, com o qual uma sociedade tem a capacidade de gerar e aplicar conhecimentos de acordo com o seu desenvolvimento, concorrendo, assim, para o exercício da cidadania, bastando para isto garantir ao indivíduo o acesso à educação e à informação. Para Carvalho (1991 apud FIGUEIREDO, 1997, p.81) ?a questão do poder está intimamente ligada ao conhecimento. Conhecimento é poder. O conhecimento produzido, armazenado, organizado, fomenta um tipo de poder na sociedade que pode não ser do interesse do poder político, pois passa pelas questões de relação entre o real e o irreal.?. Bougnoux (1993 apud PINTO, 2001, p.224), diz que a produção do saber, do conhecimento, esse aumento do desenvolvimento científico e tecnológico, a disseminação desenfreada da informação, tudo isto, gera uma dissimulação informacional, ou seja: ?Nunca estivemos tão informados, o que não quer dizer que sabemos tratar e integrar os dados que literalmente nos submergem. Muita informação mata talvez a informação, suscita evasões imaginárias, e recusa de saberes, e se choca de toda maneira ao ?segredo informacional? de cada um (um organismo só utiliza uma ínfima parte dos sinais que perpassam pelo seu meio ambiente).? Concluindo, sugere-se uma reavaliação na política de indexação utilizada em um S.R.I, e principalmente o cuidado na escolha de um tesauro especializado na área da Ciência da Informação, confeccionado por especialistas da área da Ciência da Informação, da Informática e principalmente da Lingüística, mais especificamente da Terminologia.


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