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Haiti, desintegração e miséria


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O Haiti que é o país mais pobre do mundo fora da África, com 80% da sua população abaixo do nível da pobreza, deixou de ser um Estado, um país que se autogoverna. O atual presidente, René Préval, está totalmente dependente da ajuda dos organismos internacionais que atuam tentando estabelecer bases econômicas e institucionais. Significativa é a presença de tropas de 11 nações, que tentam impor a lei e a ordem sob o comando da ONU. Préval, é aliado político do problemático Jean Bertrand Aristide que foi eleito presidente duas vezes. Aristide, conhecido na comunidade internacional, surgiu como uma promessa de democracia e estabilidade, mas entrando e saindo da presidência, 1991, 1991-1994, 2001-2004, mostrou ser outro demagogo de vocação ditatorial, com a única diferença de ser padre e falar francês. Sua administração também esteve sob dependência de organismos internacionais. Está exilado na África do Sul, de onde promete voltar. Os últimos presidentes que governaram como um estado de fato, e até hoje são a única referencia que o mundo tem sobre esse país, foram os terríveis Papa Doc e seu filho o gordo Baby Doc. O médico François Duvalier que esteve no poder de 1957 a 1971 é a figura mais famosa de toda história do Haiti. Ditador sanguinário, sua marca registrada foi a criação de uma polícia especial, subordinada unicamente a ele. O Haiti é um país de negros, então essa polícia, exclusivamente de negros, trajando ternos e gravatas escuras, uma versão haitiana do FBI, usando óculos redondos também escuros, fez sucesso em todo mundo pelo exotismo da aparência e o comportamento cruel. Eram chamados pelos haitianos de Tonton Macoutes (bicho papão). Transformaram-se em cult. Morto Papa Doc, assumiu seu filho Jean Claude, figura estranha, gordo, ocioso, certa indefinição sexual. Foi deposto em 1986, fugindo para a Riviera Francesa, onde vive muito bem até hoje. Quando ele se foi acabou-se o charme do regime. O general brasileiro, Santos Cruz é o atual comandante das tropas enviadas pela ONU, para acabar com as milícias, assassinos e seqüestradores que sob o manto da reivindicação política, praticam a bandidagem pura e simples. O general, comanda as tropas da Argentina, Uruguai, Sri Lanka, brasil, Chile, Peru, Jordânia, Guatemala, Filipinas, Nepal e Equador, num total flutuante de 6.300 homens. O contingente do Brasil é o maior, com 1.200 homens, ao qual estão agregados 30 soldados paraguaios. Os brasileiros são voluntários, passam por treinamento de quatro a seis meses, ficam no Haiti durante seis meses e são substituídos no sistema de rodízio conforme o critério do Exército. Ganham por volta de US$ 900,00 por mês. Fora da área militar o Brasil tem experiência em campanhas de vacinação para população de difícil acesso, em lugares sem energia onde a conservação das vacinas é difícil. Outra contribuição nossa é o sistema de transferência de tecnologia de produção do caju. O caju é uma importante atividade econômica no norte do Haiti, mas a plantas são velhas e os métodos ultrapassados. O Brasil é grande exportador e estamos introduzindo técnicas modernas e variedades de caju tipo anão, que se tornam produtivos em um ano. Os cursos de defesa civil, capacitação para bombeiros e aeroportuários também foram muito bem sucedidos. O Brasil, junto com a Espanha vem também atuando no reflorestamento. O país é ecologicamente devastado onde não se vê duas árvores juntas. Nosso exército oferece também apoio médico e educacional para crianças na favela. Hoje, a posição do Brasil em relação ao Haiti, sustenta-se na premissa de que a cooperação técnica deve ser intensificada e vem insistindo junto a comunidade internacional para que isso aconteça, porque se não houver desenvolvimento o país pode voltar ao ponto de partida.


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