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HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS


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RESUMO
? HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS?
Editora CONTEXTO , 2007, São Paulo -SP

A apresentação do Editor Jaime Pinsky sobre a obra destaca a importância do seu ineditismo. De fato, consultando a bibliografia utilizada são pouquíssimas as fontes de autores nacionais e de latinos em geral e nenhuma delas cobre o período histórico completo da nação americana. Antes de tudo surge a dúvida: Por que nenhum historiador brasileiro, isoladamente ou em grupo, se dispôs a cumprir tal tarefa ? Por subserviente fascínio ou por agressiva aversão? Dentro o inconsciente social latino americano sempre existiu uma duvida para qual ninguém tem uma resposta segura e abrangente: ?Por que os Estados Unidos são tão ricos e nós não??. Para uma velha duvida, um novo livro. Consoante com a importância que se reveste, o texto do projeto envolveu o trabalho de quatro historiadores, todos professores universitários, da USP e Unicamp, sendo um deles canadense de origem, mas a muito radicado no Brasil.

As raízes históricas da nação norte americana ficou a cargo de Leandro Karnal, doutor em História Social pela USP que relata o inicio da colonização pelos puritanos ingleses ? conhecidos como pilgrims, peregrinos ? que desembarcaram na costa deMassachusetts, O texto foi antecedido por uma extensa apresentação geral da sociedade americana, de seus contrastes e virtudes e de como ela foi e é vista pelo resto do mundo. Tem-se aqui o exemplo único de sociedade que se desnuda para o mundo, fato inédito numa superpotência. O autor tece os precedentes históricos da Inglaterra, em especial os de ordem política e religiosa, que chama de ?O Modelo Original? para expor com que espírito foi iniciada a colonização dos EUA. Apartados do Estado inglês e da religião oficial anglicana, mas com todo o fervor da fé e sentindo-se como o novo povo escolhido a caminho do novo Canaã os puritanos chegam ao Novo Mundo para ficar. Este pode ser o indicativo de que o futuro imperialismo americano teve um fundo religioso: o povo escolhido deve converter e ocupar áreas indígenas e posteriormente as que o México herdou da Espanha. Até meados do século XVIII a Inglaterra não teve interesse colonial, propriamente dito, sobre as pobres províncias que viviam do plantio da terra, não muito fértil do nordeste americano. Era muito mais prático saquear os galeões espanhóis, o que faziam com grande eficiência. Porém, em meados do século XVIII com o surgimento do tear mecânico, apresenta-se aos ingleses uma nova atração por sua esquecida colônia: a produção de tecidos eleva-se e com ela a necessidade de matéria prima. Então, as terras férteis das duas Carolinas e da Geórgia são ocupadas pelas grandes plantações de algodão e cresce também a demanda pelo tabaco produzido na Virginia.Esta forte ligação comercial do Sul com os ingleses fez com que a posse de George Washington como o primeiro presidente dos treze estados só ocorresse 23 anos após (1789) da declaração de Independência.
A afirmação nacional dos EUA ocorrida no século XIX, é tratada pelos dois historiadores da Unicamp, Luiz Estevam Fernandez e Marcus Vinicius de Morais. Para o Sul só interessava participar da União controlando o Congresso onde tinha mais representantes do que os yankees, situação que só se inverteu por volta de 1850,com a industrialização do Norte que passou a receber mais imigrantes.Com interesses divergentes que iam alem da abolição da escravatura, estava plantada a semente da discórdia que levou à Guerra Civil Americana, a mais sangrenta de todas das que o país participou, com mais de 600.000 mortos. No começo daquele século, a frágil democracia americana que ainda iria sofrer ataques ingleses a Washington e Nova York, emerge para o século seguinte como potencia industrial acompanhado do expansionismo imperialista exercido pelo principio da Doutrina Monroe, presidente de 1817-1825. Seu espaço geográfico foi moldado com aquisições de possessões coloniais da Florida(Espanha), Louisiana(França) e Alaska(Império Russo) e, como resultado de sua guerra contra o México, de todos os territórios que foram herdados pelo vizinho da Espanha os quais iam do Texas, ao sul ,à Califórnia, no oeste.
O século XX, tratado por Sean Purdy, é chamado pelo professor de História da América da USP, como ?O Século Americano?. De fato, assim como o século XIX foi dominado pela Grã-Bretanha, não existe Historia do século XX que não contemple o predomínio americano. Nele o impulso progressista foi acompanhado inicialmente pelo capitalismo monopolista e pela crise econômica pré-guerra. Terminado o conflito aos EUA caberia então o papel de World Cop, duramente criticado por Purdy como, também, pelo pensamento liberal de parte de sua população.
Será justo o ódio disseminado pelo mundo ? embora não unânime- dirigido à nação americana? Afinal, os EUA salvaram as democracias da Europa Ocidental, e em especial a França, por quatro vezes: nas duas Grandes Guerras, como Plano Marshall e com a OTAN Isso nem de longe isenta os EUA da pecha de imperialistas que se negaram a contribuir com a proteção ambiental pela sua não adesão ao protocolo de Kyoto,mas a França, seu maior crítico na Europa também não adotou medidas mais efetivas quanto aquele protocolo. Como a história se repete, a nação americana exerce seu papel hegemônico fiel à lógica interna de toda superpotência: a ação incondicional em defesa de seus interesses. Pelo menos até que se cumpra a profecia do historiador Jean-Baptiste Duroselle:"Todo Império perecerá".


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