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Eu, MONA LISA


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  Lorenzo de Médici, o El Magnífico, governante de Florença, havia perdido a posição de banqueiro pontifício para a família Pazzi, representado na figura de Francesco de? Pazzi, que cuidava dos interesses comerciais internacionais de sua família, juntamente com o Messer Iacopo, seu tio.

Bernardo Bandini Baroncelli, nascido em uma das famílias mais ricas e influentes de Florença estava arruinado financeiramente quando sua idade já era avançada.

Sempre fora banqueiro, não sabendo fazer outra coisa além disso, decidiu oferecer seus serviços as duas famílias mais poderosas de Florença: os Médici e os Pazzi, ambos banqueiros, que, inclusive, eram inimigos no comércio e na política.

Baroncelli, rejeitado pelos Médici, encontrou acolhimento nos Pazzi, que constantemente o insulta verbalmente, lembrando-o da sua condição de falido ? embora a sua origem familiar tivesse igual ou superior prestígio -, a tudo suportava a fim de sustentar sua mulher e filhos.

Francesco, insatisfeito com o forte controle exercido por Lorenzo na sociedade florentina, em todos os setores, e, inclusive, nas artes considerada profana pela Igreja, trama uma conspiração com seus companheiros, dentre eles Bernardo Bandini Baroncelli, acreditando na possibilidade de conquistar um cargo no novo governo.

O ano é 1478. A cidade é Florença, Itália.

Giuliano de Médici, membro da mais importante e poderosa família florentina, irmão mais novo de Lorenzo, por motivação política, é brutalmente assassinado no interior da catedral Santa Maria Del Fiore durante a missa, por ocasião da visita do sobrinho do papa Sisto, o cardeal Riario de San Giorgio, de 17 anos.

A cidade de Florença entra em comoção geral, inclusive por artistas renomados como Michelangelo, dentre eles.

Após intensa busca, pouco mais de um ano depois do assassinato de Giuliano de Médici, Bernardo Baroncelli, o ultimo assassino, é conduzido numa carroça para ser enforcado na Piazza della Signoria, sede do governo de Florença e centro de justiça.

Lisa di Antoni Gherardini é Mona Lisa.

Sua imagem foi gravada em madeira com a mistura de óleo de linha e pigmentos terrosos ou de pedras semipreciosas pacientemente trituradas e, todos, aplicados com delicados pincéis.

Ela é uma jovem mulher voluntariosa, inteligente, bonita, misteriosa, tanto quanto a sua história que começa a ser escrito depois daquele cruel assassinato ocorrido um ano antes de seu nascimento, sem saber que sua existência está diretamente envolvida com a família Médici.

Atraída pelas artes, aproxima-se da família apaixonando-se pelo sobrinho de Giuliano, para, em seguida, ser afastada e encontrando apoio em Leonardo da Vinci, artista preferido de Lorenzo, iniciando a uma nova história repleta de amor, traição, perdas, assassinatos, e respostas a tantas indagações.

Jeanne Kalogridis, romancista americana, traz a cidade de Florença, ano 1490, como o palco de grandes acontecimentos, nos campos político, religioso e artístico. Reconhecida também por um comércio abundante de tecidos requintados (lãs finas e sedas), brocados a fios de ouro e prata, acompanhados de cores belíssimas: azul-pavão, azul-violáceos, amarelo-açafrão, diversas tonalidades de verdes, rosas, marfins, etc. Havia os artesãos, escultores e pintores que recebiam, constantemente, encomendas das igrejas e de famílias importantes.

É neste cenário que surge o Renascimento, movimento em que surgem as ciências humanistas, quando ocorre a descoberta do mundo e do homem, e passa a questionar a Igreja, motivo pelo qual, com muita frequência, condenará as artes pagãs, juntamente com aqueles que as patrocinam.

O sistema político é representado pelos Priores - oito homens, oriundos de famílias florentinas importantes, ?mais o chefe de Estado, o gonfaloneiro de justiça?, intermediário entre o prefeito e um chefe de governo. Uma posição de curta duração (a cada dois meses, num sistema rotativo), mas, de grande prestígio, formava o Conselho de Signoria, convocado para as questões tanto políticas quanto religiosas.

A proximidade com a Igreja e, por conseguinte, com Roma - o Vaticano - permitia que membros da família conseguissem, mediante contribuição financeira, o cardinalato. Com isso, a influência direta nas questões político-financeiro da cidade de Florença estava garantida, principal motivo das disputas.

Lorenzo de Medici, após Pietro de Medici, seu pai, estava à frente do governo da família e de cidade de Florença, visto como o Magnífico, devido à eficiência do seu governo, além de ser patrono das artes ? Leonardo da Vinci, Michelangelo, Sandro Botticelli ? estavam como seus principais beneficiados. Prática iniciada com Cosimo de Medici, que intencionava proporcionar a cidade de Florença um patamar mais elevado no campo das artes, garantindo aos florentinos um patrimônio cultural inestimável.

Fra Girolamo Savonarola influenciava os citadinos com as suas pregações, induzindo o povo à ignorância cultural, exigindo que queimassem livros, obras de arte ?pagãs?, jóias, tecidos finos. O resultado foi, além do atraso cultural, a queda no mercado financeiro. Tudo era visto como luxúria e lassidão.

Combatia diretamente o clero, por causa da vida devassa de membros da Cúria Romana, de Príncipes e cortesãos. Desagradou a muitos, entre eles o Papa Alexandre VI.

Girolamo Savonarola acabou preso por ordem papal e condenado à morte por enforcamento, no dia 23 de maio de 1497, tendo o seu corpo queimado na Piazza Della Signoria.




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