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O PRÍNCIPE


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Esta obra, de Niccolò Maquiavelli, foi produzida no exílio, em meio a toda agitação política de seu tempo, causada por grandes Estados, como Milão, Veneza, o Papado, Florença e Nápoles. E, em meio às confusões existentes, Maquiavel participava ativamente nos acordos com as cortes estrangeiras e mesmo durante os 15 anos em que passou no exílio, a política sem foi sua paixão dominante. Maquiavel retrata os assuntos políticos da sua época e a sistematização que tinha com seu amigo Vettori, e com toda a experiência que tivera em sua vida. Um outro dado bastante constante em sua época é a relação existente entre a política e a religião, em que as teorias medievais eram teocráticas, enquanto que com o renascimento procura-se evitar a idéia de que o poder seria uma graça ou um favor divino, entretanto, embora ignorem a teocracia, não podem negar a idéia cristã, ou seja, ?o poder político só é legítimo se for justo, e só será justo se estiver de acordo com a vontade de Deus?. E é por esse lado, com relação ao pensamento político e teocrático que a obra de Maquiavel é destruidora e revolucionária. O poder maquiavélico refere-se a um poder que age secretamente, onde mantém suas intenções e finalidades desconhecidas, onde se utilizam meios imorais, agressivos e perversos para atingirem seus objetivos. Suas teorias eram formuladas com a experiência normal de seu tempo, pois viu muitas lutas, ascensão e queda de grandes cidades. A concepção dessas experiências conduziu a idéia de que uma nova sociedade tornara-se necessária. Segundo Maquiavel, todos os Estados que existiram ou existem são repúblicas ou principados, hereditários ou novos, estes conquistados ou recebidos. Procura demonstrar como eles podem ser governados e preservados através dos atos dos antecessores mediante a contemporização ou pela retomada. Os Estados conquistados, para que sejam suscetíveis à dominação, não podem ter suas leis e impostos modificados, nem a presença da linguagem do antigo príncipe. Um recurso útil é ir habitá-lo, para tornar-se acessível ao povo em casos amistosos, tornando assim, próximo para ser amado ou odiado, conforme o caso. Há dois modos de se governar: um príncipe que auxiliado por seus ministros no governo são apenas servos, concessão do seu senhor e por barões, que por tradição de sangue, possuem essa qualidade. Quando são conquistados, por três modos se pode conservar-se a posse: Arruiná-los; Ir morar com eles; Deixar que vivam com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos. Um homem prudente deve escolher os trilhos já percorridos por outros homens, pois mesmo numa imitação falha, há muita coisa para ser aproveitada. Os que, pela virtude, antes se fazem príncipes, conquistam com dificuldade, mas com facilidade o conservam, atendendo a máxima de que todos os profetas armados vencem, ao passo que os desarmados fracassam. Contudo, há duas maneiras de tornar-se um príncipe: (Atingir o principado pela maldade ou pelo favor dos conterrâneos). Quem se torna príncipe pelo voto popular precisa manter-se amigo do povo, quem obtém de outra forma precisa conquistar-lhes a amizade. Os principados eclesiásticos são mais difíceis de serem conquistados, pois são pelo mérito ou pela fortuna, sustentam na rotina da religião. As principais bases que os Estados possuem: novos ou velhos, mistos ou não, são boas leis e bons princípios. Não existem boas leis onde não existam boas armas. As mercenárias e auxiliares são inúteis ou perigosas. Os príncipes de prudência repeliram sempre tais forças, antes perder com as suas que vencer auxiliado por outros. Deve o príncipe não Ter outra finalidade nem outro pensamento, senão a guerra, seu regulamento e disciplina, pois é a única arte que se atribui a quem comanda. O príncipe deve evitar a fama de avarento, que a custa dos outros se mantém; deve querer ser considerado piedoso e não cruel, deve empregar de modo conveniente esta piedade. É muito mais seguro ser temido que amado. Contudo, sem exceder-se, para não despertar o ódio. Um príncipe é, ?sobretudo? um novo, não pode seguir todas as coisas que estão obrigadas aos homens tidos como bons, sendo muitas vezes, para conservar o seu Estado, obrigado a agir contra a caridade, a fé, a humildade e a religião. Ele precisa Ter duas razões de receio: Uma de origem interna, da parte de seus súditos, outra de origem externa, da parte dos de fora. Não deve temer as conspirações se ele é querido do povo, porém se este é seu inimigo e o odeia deve temer a tudo e a todos. É prudente não desarmar os seus súditos, mas armá-los, para que os defendam, exceto quando se trata de um Estado novo, recém conquistado. Quanto às fortalezas, são boas ou não, conforme as circunstâncias, mas a melhor fortaleza é não ser odiado pelo povo. Deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer, pois está na observação dos homens que estão ao seu redor; já o ministro será bom se não pensar em si mesmo, mas no príncipe. Os conselhos venham de onde vierem, nascem da prudência do príncipe, e não a prudência do príncipe de bons conselhos. Pensa-se, naturalmente que as coisas do mundo são dirigidas pela fortuna e por Deus, de modo que a prudência não as corrige nem remedia. Por outro lado, a doutrina suscitou a reação do antimaquiavelismo político consistente na necessidade de conciliação entre a norma política e moral.


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