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O corpo acessório. In: ADEUS AO CORPO: antropologia e sociedade


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O capítulo do livro ressalta que o corpo, para muitos indivíduos da contemporaneidade, tornou-se uma representação provisória, ?uma construção, uma instância de conexão, um terminal, um objeto transitório e manipulável e suscetível de muitos aparelhamentos? .    Diz Le Breton que, ?a cirurgia estética ou a plástica modifica as formas corporais ou o sexo, os hormônios ou a dietética aumentam a massa muscular? . O autor nós traz uma sentença que nós deixa bastante reflexivos. Diz ele que; ?Se não é possível mudar suas condições de existência, pode-se pelo menos mudar o corpo de múltiplas maneiras?. E nisso, a ?indústria do design corporal? faz a sua vez ao lidar com identidades efêmeras que são construídas de acordo com a exigência do si para cada ambiente social. Segundo Le Breton, ?na gama das intervenções, o cliente escolhe a que proporcionará ao seu rosto ou ao seu corpo a forma que lhe convém? . A sociedade atual é cada vez mais regida por imperativos de beleza e juventude. ?Ao mudar o corpo, o indivíduo pretende mudar sua vida, modificar seu sentimento de identidade. A cirurgia estética não é a metamorfose banal de uma característica física no rosto ou no corpo; ela opera, em primeiro lugar no imaginário e exerce uma incidência na relação do indivíduo com o mundo? <30>. O homem contemporâneo tem as possibilidades de modelar e construir seu corpo conforme desejado. E diz Le Breton que: ?É por seu corpo que você é julgado e classificado?. Segundo o autor, ?é importante gerir seu próprio corpo como se gerem outros patrimônios do qual o corpo se diferencia cada vez menos. O corpo tornou-se um empreendimento a ser administrado da melhor maneira possível no interesse do sujeito e de seu sentimento de estética? . O indivíduo modela para si diariamente um corpo inacabado. O corpo é, portanto, uma forma a ser transformada. Tatuagens e marcas corporais são cada vez mais crescentes na associação do corpo como objeto maleável, sempre em metamorfose. Trata-se de fabricar a si mesmo. Diz o autor que: ?O corpo é o lugar onde o mundo é questionado? . O corpo que em outros tempos era o suporte da identidade pessoal, atualmente, muitas vezes possui status de um acessório. Segundo Le Breton, ?diferentemente da primeira fase do body art, na época da internet e das viagens espaciais, os artistas pós-modernos ou pós-humanos consideram insuportável possuir o mesmo corpo que o homem da idade da pedra?. A cirurgia estética não é destinada a clientes que estão doentes, mas que querem mudar sua aparência. Nem o corpo nem o sexo é mais matéria do sagrado, mas uma matéria para metamorfose na construção de uma nova identidade. ?A anatomia deixa de ser um destino para ser uma escolha? . A máscara não é mais um acréscimo, ela torna-se o próprio rosto. Le Breton cita Sterlac, para quem, radicaliza a obsolescência ao corpo. ?Para Sterlac, a estrutura fisiológica do homem determina sua relação com o mundo; modificando-a, o homem modifica o mundo?. Le Breton, menciona o pensamento de Sterlac, o qual, acredita que; ?numa época em que os indivíduos comunicam-se com a velocidade da luz pela internet, o corpo não serve mais para nada? .     


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