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Os Grandes Julgamentos da História


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Joana d?Arc, La Pucelle d´Orléans ou a donzela de Orléans, mártir, heroína francesa e santa católica, foi condenada à morte e padeceu sob chamas da fogueira com apenas dezenove anos, na Praça Vieux Marché, em Ruão, Nordeste da França, tendo sido em seguida suas cinzas jogadas de cima de uma ponte no rio Sena, no dia 30 demaio de 1431. De feiticeira à santa! Joana d?Arc viveu na idade das trevas, a temerosa Idade Média. Daí se explica quão incompreensível vê-la queimar nas chamas da presunção, poder e ódio. A pergunta que se faz é: por quê? Mais de quinhentos anos se passaram desde então, tempo suficiente para que a descendente de camponeses, modesta, praticamente analfabeta e mártir francesa fosse canonizada em 1920, tornando-se santa padroeira da França. O tempo cura qualquer cicatriz, mas não ameniza a dor de que a sofreu! Outra pergunta: por que uma jovem inocente e humilde, instrumento da Providência Divina tivera tão jovialmente sua vida extirpada? Interesses econômicos e políticos podem ser as respostas para esta e outras perguntas. Resumidamente, Joana d?Arc foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos. Para entender, a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi o conflito que envolveu a Inglaterra e França, num período marcado por grandes transformações socioeconômicas e políticas, acentuando a crise do sistema feudal. O regime francês era feudal. O feudalismo era um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais. Os servos pertenciam à terra e sofriam intensa expropriação de suas forças de trabalho, sendo obrigados a prestarem serviços aos seus senhores, a nobreza e, mesmo se as terras passassem a pertecer a outro senhor, o servo continuava ligado à terra devendo continuar pagando inúmeros tributos em troca da exploração da terra e de proteção de seus senhores. A sociedade feudal se compunha por três grupos sociais: o clero, a nobreza e os camponeses. Joana d?Arc era camponesa. Segundo a própria Joana d'Arc em depoimentos prestados ao Tribunal Eclesiástico, desde os 13 anos ouvia vozes divinas. As vozes eram do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margaret. A primeira orientação feita pelas vozes à Joana é que ela deveria permanecer virgem para obter a salvação, posteriormente, as vozes a aconselharam além de freqüentar a Igreja, levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Assim, por 116 longos anos (1337-1453), ingleses e Franceses disputaram propriedades de regiões economicamente importantes aos interesses de ambos os reinos. Armagnacs pela qual lutava Joana d?Arc era uma facção que durante este conflito pertencia ao duque de Orléans, do qual um dos líderes era conde Bernardo VII d?Armagnac, sogro do doque Carlos I d?Orleans. Doutro lado, a facção dos Borguinhões, partido do duque de Borgonha, a favor dos ingleses. Para a escritora Irène Kuhn, a França e o mundo a esqueceu Joana d'Arc até o século XIX, somente a partir daí reacendeu o seu nome, no século tido como o do nacionalismo. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica. Voltando ao dia fatídico. Os inquisidores atribuíram à Joana d?Arc toda maledicência possível para execrá-la, tornado pública parte da sentença com os seguintes dizeres: ?... mentirosa, perniciosa, abusadora do povo (...) mal crente na fé de Jesus Cristo, jactanciosa, idólatra... por ai vão tantos outros adjetivos abomináveis. Durante o processo que teve início em Janeiro daquele ano, nenhum direito era lhe atribuído. Ao contrário, por conhecerem os instrumentos da justiça, seus inquisidores usam estes com abuso não tendo piedade da encarcerada. O Tribunal Eclesiástico comandado por Pierre Cauchon, inquisidor diabólico, faz de seu poder um instrumento para execrar Joana, torturando-a tanto psicológica quanto fisicamente entre outros espetáculos de uma corte do mal. Depois de alguns meses, admoestada Joana chega ao ponto de ?abjurar?, concordando com os termos ?Eu, Joana, prometo nunca mais, no futuro, usar armas, traje de homem e cabelo curto; declaro submeter-me à determinação, ao julgamento e às ordens da Igreja?. Mal sabia ela que isso era apenas uma farsa para que depois fosse puxado seu ?tapete?. De volta à prisão, Joana não recebe roupas, a prisão não era feminina e para não ficar despida, ela se obriga a vestir suas antigas roupas de homem, de modo que, a ?abjuração? foi renegada. Violada a abjuração, ela se torna uma herege, desmoralizada e nas mãos de seus cruéis inquisidores. Joana d?Arc foi uma das mulheres mais fortes e guerreiras que a França e o mundo podem conhecer. Neste momento, não era assim que a Igreja a via. Nascida em 1412, no vilarejo de Domrémy, França, chega ao fim dezenove anos depois. Diante do julgamento no tribunal inglês, conduzido pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, contra ela pesam as acusações de ordem religiosa: bruxa, herege, idólatra, entre outras. O suplício durou seis meses, até receber a sentença. Cumpriu-se então a sentença! Foi o fim da heroína francesa, não sem antes preconizar mortes trágicas paras os seus algozes... e tiveram! , Joana d?Arc foi pura, e por mais que escrevam sobre ela, nada poderá manchar sua sublime inocência.


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