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RESUMO SOBRE POLITICA MONETÁRIA - PARTE II


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DEMANDA DE MOEDA Foi com Keynes que a moeda deixou de ser neutra, ou melhor, interpretada unicamente como instrumento de intermediação das trocas e sem afetar as quantidades produzidas e comercializadas. Para ele, a moeda deve ser enfocada como reserva de valor e importante instrumento para realização de novos negócios, contribuindo assim para influenciar o nível de emprego e de renda. A demanda da moeda, principalmente nos modelos macroeconômicos desenvolvidos recentemente, passa a ser colocada como fator de grande relevância, pois na liquidação de dívidas e na manutenção de reservas de valor, onde a moeda ocupa funções essenciais, ela passa a ser procurada por todos os agentes que interagem e transacionam em sistemas economicamente organizados, pois assim, como bem coloca Lopes & Rossetti (2002): ?...(viabiliza) a sua integração no processo de divisão social do trabalho e a sua participação nos resultados das atividades produtivas.? (p. 57) Uma pessoa retém disponível em relação a sua renda do período, por unidade de tempo, uma certa quantidade de dinheiro, denominada como encaixe médio. Este, por sua vez: ?...depende de como os indivíduos distribuem no tempo suas despesas, dos intervalos entre pagamentos e recebimentos, bem como das facilidades de obter crédito quando necessário, além do nível da taxa de juro.? (SOUZA, 1996: p. 199) Segundo Keynes, citado por Lopes & Rossetti (2002, p. 68/69), as pessoas e as empresas demandam moeda principalmente motivadas por: Ä Motivo Transação: a falta de sincronismo entre pagamentos e recebimentos é que leva à retenção de saldos monetários para os citados fins transacionais. Refere-se, portanto, ao atendimento de despesas ordinárias e certas. Este motivo foi dividido em dois pelo próprio Keynes: 1- Renda: necessidade de conservar recursos líquidos para garantir a transição entre os recebimentos e os desembolsos. (Ex.: Dinheiro para usar até próximo salário). 2- Giro de Negócios: a moeda retida pelas empresas para garantir os pagamentos que se efetuam no intervalo entre as compras de insumo e remuneração de fatores e as entradas de caixa resultantes da realização de vendas. (Ex.: Dinheiro para usar até a entrada de receitas) Ä Motivo Precaução : refere-se à necessidade de fazer frente a despesas extraordinárias e incertas. A impossibilidade de determinar quando ocorrerão certos tipos inevitáveis de gastos leva os agentes econômicos, tanto indivíduos como empresas, a reter saldos monetários líquidos para corresponder aos imprevistos. Ä Motivo Especulação: este terceiro motivo mostra que não é irracional manter ativos monetários para satisfazer a oportunidades especulativas, desde que os agentes econômicos tenham razões para acreditar em mudanças a seu favor no preço dos títulos e, portanto, na taxa de juros. Cabe observar que o montante de recursos líquidos que os agentes econômicos conservam para satisfazer às exigências e oportunidades decorrentes dos motivos transação e precaução não é de todo independente do que eles conservam para satisfazer o motivo especulação. OFERTA DE MOEDA Nas economias modernas, em função das necessidades dos agentes econômicos, são as autoridades quem ofertam moeda ao público. O conjunto de moeda corrente, moeda bancária e quase- moedas (ativos que funcionam como moeda) formam os meios de pagamentos de uma economia. Existem vários conceitos de meios de pagamentos, dependendo dos ativos ? que, repetimos, funcionam como quase-moedas ? incluídos, conforme esclarecemos a seguir, de forma decrescente quanto sua liquidez: 1. Papel moeda em poder do público. 2. Depósitos à vista nos bancos. 3. Fundos e depósitos especiais remunerados. 4. Títulos do governo em poder do público. 5. Depósitos das cadernetas de poupança. 6. Títulos privados. Os quatro últimos conceitos, são considerados quase-moedas por não possuírem a mesma liquidez dos dois primeiros conceitos. O papel moeda (primeiro conceito) é considerado o indicador mais preciso de oferta monetária, devido a sua liquidez e abrangência. Quando a moeda é um elemento institucional subordinado ao controle das autoridades monetárias, ela é vista como uma variável exógena. Já para alguns teóricos da economia monetária, a oferta de moeda não é necessariamente subordinada a tais controles, podendo ser também gerada pelas próprias necessidades da economia, transformando-se assim em uma variável endógena. Se assumirmos a hipótese de variável exógena, estaríamos caminhando no sentido da construção de modelos macroeconômicos que adotam a não-endogeneidade da moeda e, se assumirmos a segunda hipótese ? variável endógena ? estaríamos considerando que o controle da moeda é uma atribuição restrita das autoridades monetárias, as quais administram a oferta de moeda como base da assim chamada política monetária. Se a moeda não fosse tratada como variável exógena, então o controle da oferta de moeda estaria nas mãos de outros agentes econômicos, o que faria com que o estudo da política monetária perdesse qualquer sentido real. Já no caso de a moeda ser inteiramente tratada como variável endógena, a própria coletividade é que criaria e destruiria a moeda, conforme suas necessidades e conveniências de momento.
(CONTINUA PARTE III)


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