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 O Ciclo do Açúcar - parte I
 
 
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 TEMPOS PRIMITIVOS
 
 O açúcar tornou-se conhecido na Europa através dos árabes e dos Cruzados, que já o utilizavam na Ásia. Na Idade Média tornou-se um produto valiosíssimo, e chegava a ser usado como gênero medicinal nas farmácias... Aos árabes coube também a introdução da indústria do açúcar na Espanha.
 
 A produção portuguesa, principalmente na Ilha da Madeira, provocou a destruíção das culturas do Mediterrâneo, desequilibrando todo o comércio. D. Manuel, intervém e ocorre baixa do artigo e limita a exportação anual ao máximo de 120.000 arrobas.
 
 Açúcar Africano
 
 Os espanhóis introduziram a indústria do açúcar em Espaniola, atual Ilha de Haiti. O primeiro engenho americano parece ter funcionado na Antilha Espanhola em 1506. Depois de 1550, o México começou também a exportar o produto para a metrópole. A produção açucareira ficou tanto estremecida diante das atenções voltadas para a mineração de metais preciosos, e às grandes lutas e revoluções características dos primeiros tempos das ilhas do Mediterrâneo, e só retomou seu impulso em meados do século posterior, quando se verificou alto e considerável aumento de demanda.
 
 Na América, ao que parece já havia cana nativa, mas a sua cultura regular foi feita com mudas importadas.
 
 No Brasil não se justificaria o plantio da cana-de-açúcar, em razão de ser um artigo já em superprodução nos mercados portugueses. A cultura iniciou-se quando houve alta contínua do produto, na terceira década do século, em Pernambuco. Porém, alega-se o feito a Martim Afonso de Sousa, com  a fundação em São Vicente, do Engenho do Governador, havendo associações com os flamengos e alemães, para instalação dos  engenhos. O mais famoso era o engenho dos Erasmus, associados aos Schetz de Antuérpia, que enriqueceram com o açúcar brasileiro.
 
 A alta geral dos preços e o aumento progressivo no consumo de todos os gêneros de comércio, devido em parte pela acirrada e desenfreada busca de metais preciosos, a que os espanhóis, principalmente na América, retiravam das duas concessões, fez com que o açúcar tomasse rítimo de comércio internacional.
 
 Predominância brasileira
 
 A supremacia no mercado mundial, pertencera a Portugal desde meados do século XV. A partir de 1560, lhe coube a predominância na produção do açúcar, também nas terras americanas, mais precisamente em sua colônia brasileira, estimulada pelo próprio governo português que instala a indústria açucareira na Capitania Real de São Salvador, com isenção de impostos por 10 anos.
 
 
 Mais tarde tais isenções se transformaram em privilégios de nobreza e impenhorabilidade aos senhores de engenhos.  Mas mesmo assim, foi criado um imposto para defender o produto da Ilha da Madeira, consistinto em uma taxa de 20%. O desenvolvimento da indústria se deu pela iniciativa particular, cooperado pelos esforços de donatários, negociantes e colonos. Muito do trabalho era pago em quantias de açúcar, o que permitiu a independência de alguns trabalhadores que conseguiram, dessa forma montar seu próprio negócio de engenho.
 
 As primeiras experiências portuguesas no fabrico do açúcar serviu de ensaio para a empresa brasileira. devido às condições precárias e altamente dificultadas pelo meio hostil. A maneira utilizada em Portugal e na Ilha da Madeira, não cabiam para a indústria brasileira. Já de início instalaram-se engenhos de médio porte. O engenho era uma verdadeira povoação, com grande diversidade de serviços. O colono europeu, não podia contar apenas com a mã-de-obra de seus conterrâneos. Foi buscar esse preenchimento com os indígenas e negros africanos.
 
 A Evolução dos Engenhos
 
 Frei Vicente do Salvador (1627), em  História do Brasil,  traz a síntese dos primeiros engenhos (aqui apenas breve resumo, já com linguagem atualizada): " Ao Brasil cabia de único interesse, o açúcar, e portanto a necessidade em criar engenhos para sua produção. Pelo que se sabe, a extração do açúcar se dava, quando golpeados os paus da cana, o líquido que destes corria, coalhava ao sol. Tão pouca era sua quantidade que só servia utilizar como remédio. Depois inventaram artifícios e engenhos para se fazer uma maior quantidade do produto, dos quais, grande parte foi usada no Brasil, como os pilões de mós e os de eixo que foram mais usados. Outras "máquinas" foram sendo criadas,  cada uma com algo mais de enhgenhoso, o que resultou nos engenhos que mais se conhece e se utiliza."
 
 
 
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