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Península Ibérica


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No correr do ano de 1492, após a queda de Granada foram assinados certificados de ex-combatentes em favor de mercenários franceses, ingleses, bretões, alemães e principalmente suíços. A internacionalização do evento fica clara. Após a vitória cristã na Espanha em Roma, desenrolou-se uma procissão de ação de graças de que os cardeais fizeram parte. De Veneza partiu uma missão diplomática para felicitar os soberanos espanhóis. Em paris, em 29 de setembro de 1493, a Universidade celebrou a conquista do ?rico reino de Granada?. Em Londres, o Rei Henrique VII na igreja de Saint Paul fez ler: ?fazia muito tempo que os cristãos não conquistavam novos territórios dos infiéis...? Do Cairo, Ibn Iyas foi um analista atento. Classificou a queda de Málaga de ?catástrofe irreparável? e, em seguida, situou a perda de Granada. Já o relato francês do mesmo episódio histórico insistiu no ruidoso desespero dos habitantes de Granada: ?A cada elevação da cruz, o povo infiel dos mouros, que estavam dentro da cidade, vociferava e urrava, e houve grandes choros e lamentações?. O emir Boabdil que, as uns dez quilômetros ao sul de Granada, ao se voltar pela última vez para a capital perdida, foi duramente censurado pela mãe: ?Chora como uma mulher aquilo que não soubeste defender como homem?. O ?Suspiro do mouro?, nome que ficou ligado ao lugar, repercutiu como uma onda em meio aos emigrados ao redor de todo o mediterrâneo. E o poeta Yahyaa al-Qurtubi eternizava em versos: Quantos eram lá os homens devotos adorando a Deus e rogando a ele, enquanto em suas faces rolavam lágrimas abundantes! Já no século XVII, al-Makkari,nascido em Tlemcem , escreveu esta exclamação: ?Possa Deus restituir-lhes as terras do Andaluz e ali restaurar as suas leis?. Maquiavel, vinte anos depois <1513>, ao escrever O Príncipe , tomou Fernando por modelo. ?De reizinho ele se transformou, pela glória e pelo renome, no primeiro rei da cristandade?. Se Maquiavel destacou o papel de Fernando Balthasar castiglione, entretanto, em O Cortesão , traçou um retrato enaltecedor da rainha. ?Somente a ela?, afirmou, ?podemos atribuir a honra da gloriosa conquista do reino de Granada?. Na província de Palência, em Torremarte, figura na base do púlpito uma simples inscrição: ?esta obra foi feita em 1492, ano em que Granada foi conquistada?. Na Catedral de Siguenza, sempre em Castela, podemos admirar um dos mais belos túmulos que existem. O comandante Martín Vazquez de Arc, morto numa escaramuça diante de Granada, é representado de pé, de perfil, acompanhado de um anjo prestes a arrebatá-lo. A obra é conhecida pelo nome de Doncel, o donzel. Tupi.


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