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Teorias da Interacção


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Nos EUA, entre os anos 30 e 60, predominava uma Sociologia Parsoniano ou seja o projecto teórico e epistemológico de Parsons de construir uma teoria que reunisse os contributos de diversas ciências, não deixou de se adequar às exigências de legitimação de uma nova ordem.
O projecto Parsoniano, dito de outro modo, conjuga as exigências de ordenação de um espaço cientifico caracterizado pela pluralidade teórica.
A Escola de Chicago ( É considerada ?uma verdadeira escola e um verdadeiro pensamento?; A universidade de Chicago, ao afirmar-se como ?Escola? fez frente a escolas / universidades mundialmente conhecidas ? Harvard ou Columbia. As razões deste sucesso deve-se à estreita ligação que sempre uniu a universidade à ?sua? cidade. A política cientifica dos primeiros directores da universidade baseavam-se em duas premissas: criar uma universidade que aliasse a investigação e o trabalho do campo e admitisse a liberdade de pensamento, por necessidade ao meio que o rodeava; uma cidade com muitos problemas sociais.) é o melhor exemplo: Com as exigências de uma nova ordem simbolizada pela passagem do liberalismo ao Estado de Providência, fez com que as teorias de interacção social (conjunto de perspectivo sociais) passasse para segundo lugar. Alexander considera ser a melhor tradição norte-americana : o indivíduo ? sociedade.
A emergência de uma sociologia critica, antecipa muito dos movimentos sociais dos anos 60 ? liderada por Mills, Marcuse e Habermas entre outros, vem pôr em evidência não só a teoria geral de acção, (Para Mills, a grande teoria), mas também um modelo de sociedade em que a técnica (afastando-se de ética e do moral) desenvolve uma ideologia-cientismo; que ao confundir o conhecimento cientifico limita a emergência de outros saberes.
A redescoberta das correntes interaccionistas com o fim da hegemonia funcionalista, é também o reencontro com o individualismo moral de raiz protestante e evangélica; a partir do qual se constituiriam as primeiras comunidades americanas. Ou seja, o retorno ao individualismo representava o retorno dos valores perdidos/ameaçadores na era industrial ou seja não é a sociedade como a totalidade mas sim o indivíduo.
Assim ,o reencontro com as teorias da interacção social, representa a esperança do retorno ao ideal democrático da tradição americana.

Teorias da Interacção: Do Pragmatismo à Psicologia Social

Na época em que Parsons, anos 30, publica as primeiras versões de Teoria Geral de acção; na Universidade de Chicago, lançavam-se os fundamentos de que se iria tornar mais tarde, teorias de Interacção.
Os fundamentos para esta teoria são:
- O interaccionismo simbólico; Etnometodologia, sociologia Quotidiana e Fenomenologia.
Existem muitos elementos comuns entre estes fundamentos; e são encontrados nos principais traços que caracterizaram a vida cientifica e intelectual dos EUA da época, como é o caso da: Filosofia Pragmatista, o Behaviorismo e o Individualismo Democrático.
O Pragmatismo propõe-se a definir as possibilidades de conhecimento e ao mesmo tempo, as premissas de constituição de uma sociedade democrática. Os pressupostos propostos pelo pragmatismo que ligam a teoria do conhecimento à filosofia social são quatro:
1 ? A Verdade ou a Realidade, não existem de uma forma abstracta, mas sim enquanto resultado da acção dos indivíduos, ou seja, da experiência concreta do mundo real. Um indivíduo participativo, actuante que procura soluções através das experiências;
2 ? A relação entre indivíduos e os objectos do mundo real é mediatizada pelo uso que esses objectos podem fazer de acordo com os interesses e objectivos do indivíduo;
3 ? O conhecimento dos indivíduos resulta da multiplicidade das suas experiências e de todas as outras experiências;
4 ? A inteligência reflexiva, ou seja, conhecer o comportamento humano é compreender o que os indivíduos fazem pelo uso das capacidades próprias.

Estas premissas permitem a legitimação do individualismo como expressão do ideal democrático norte-americano e também uma certa aproximação à Tradição Hermenêutica ( orientada por um interesse que tem como objectivo à manutenção) da escola alemã ? a constituição das ciências histórico-hermenêuticas faz notar que eles precedem de um do conhecimento que é de ordem prática, segundo Ladmiral. Sendo assim, o pragmatismo permite a reconciliação com a tradição hermenêutica. No que diz respeito às duas dimensões centrais da tradição hermenêutica:

Ideia de que a realidade social é múltipla e diversa. A realidade é, o que os indivíduos definem como realidade;

Ideia de que o que orienta a acção e a interacção individual é um interesse prático. O indivíduo orienta a sua acção por interesses práticos e individuais.
O entendimento do conhecimento cientifico como pluralidade e diversidade, remete para uma questão epistemológica: Objectividade do Conhecimento Cientifico (que só pode ser alcançada pela observação das regras do método cientifico).


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