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Mito e História
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MITO X HISTÓRIA ? A oposição entre o que Severino Croatto em seu livro ?As linguagens da experiência religiosa? chamou de ?consciência mítica? e ?consciência histórica? conduziu a exageros do tipo que enxerga o mito como ?falso? e, por outro lado, acatar a história narrada como um acontecimento factual. Quem estava lá para confirmar se o historiador/cronista/narrador não fez a sua própria versão do ocorrido. Para Rafael Pettazzoni, o mito pretende ser história verdadeira na medida em que narra um transacontecimento no qual a história factual pode modelar-se: É Croatto que afirma: ?O histórico do mito não é o acontecimento exemplar , mas a realidade humana que ele quer interpretar?. Neste contexto não existem mitos banais, mas devemos ver ?contra a luz? a realidade cultural do mito. O que Franz Boas chamou de ?refletores culturais? e Malinowsky chamou de realidade vivida. Lembremos que o mito da fundação de Roma, por exemplo, referia-se a uma cidadela primitiva e indicava o local aonde escavações arqueológicas confirmaram a existência da cidadela. Ainda é sabido que a arqueologia baseou-se em Homero e suas narrativas para encontrar o sítio onde estava localizada a cidade de Tróia. A mitologia grega está repleta de seres híbridos. Depois de ver uma orelha humana desenvolvida num rato não é de se espantar o que a engenharia genética ainda poderá fazer. Sereias existirão no futuro? Tupi.
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