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A escola, segundo os paradigmas do consenso e do conflito


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A escola pode ser
definida por duas estruturas: a formal e a informal. De um lado a escola
pode ter várias regras escritas (formal) e que não são cumpridas,
de outro, fazem-se regras informais que são apenas resultados de dinâmicas
sociais que se tornam legitimas dando autoridade aos alunos e pais sobre
professores e diretores.
Cada escola tem
seu estilo, devido a estrutura informal que praticamente comanda a escola.
Ao impor regras, geramos desorganização social, ritualismo e escravidão.
Através da sociologia esclarecemos dinâmicas e interagimos com a escola,
esta pretende empregar os seguintes aspectos: o conflito, que mostra
as tenções e oposições entre professores e estudantes. Diz que a
escola impõe certos valores e padrões culturais aos alunos. E o consenso,
que enfatiza os valores comuns e a cooperação entre professores e
alunos, a escola passa então a funcionar como elemento de integração
e continuidade entre gerações.
O paradigma do
consenso:
Durkheim estudou
sociologicamente a escola e a sala de aula. Em seu livro aponta que
esta última é uma pequena sociedade. Concebeu a moralidade como um
sistema de normas de ação que predetermina a conduta. Para ele, agir
moralmente é agir em termos do interesse coletivo.
Durkheim escreveu
que os alunos devem desenvolver autodomínio e regularidade, para isso
serve a escola na educação moral. Pois as crianças vão adquirindo
experiências e influência dos educadores. Dessa maneira que a escola
desenvolve disciplina. Isso também não assegura que haverá ordem
na sala. Por isso as sanções não podem ser preponderantes.
Metz descreveu
o ?mito do controle corretivo?. Conforme usado rapidamente contra
os transgressores, a ameaça por si só é suficiente, porém quando
se é omitida a transgressão dos colegas, isso institucionaliza a ingenuidade
das crianças. Somente quando um tanto significativo de infratores são
descobertos que a transgressão é considerada, causa desordem a partir
dos alunos, pois esse tipo de recurso é muito limitado. Segundo Durkheim,
cada pessoa tem um ser individual (egoísta) e um ser social (altruísta).
O social é mais valorizado pois por ele há respeito mútuo. Assim,
Durkheim não aceita antagonismo entre individuo e a sociedade. A moral
e a educação são fatos sociais, por ter generalidade e caráter externo.
A coerção grupal é a prova que há algo mais que um conjunto de indivíduos.
A sociedade é diferente dos indivíduos também do conjunto de indivíduos
que a compõem. Por isso a educação é uma forma de inculcar valores
sociais, isto é, um dos meios de que a sociedade se vale para impor
o altruísmo ao individuo.
Durkheim declara
a educação como uma influência unilateral dos adultos ignorando a
existência das crianças, como se não conhecessem outra sociedade
além de sua própria. Piaget afirma que a essência da democracia é
a substituição do respeito unilateral da autoridade pelo respeito
mútuo das vontades autônomas.
Parsons também
aborda sobre o consenso (influenciado por Durkheim). Para Parsons, a
sala de aula é como agência de socialização, preparando alunos,
para a fase adulta. A escola contribui para os valores amplos da sociedade.
E ainda desenvolve capacidades para executar tarefas inerentes aos papéis
individuais e de responder às expectativas de outras pessoas. Essa
?agência? institucionaliza a diferenciação de status em bases
não biológicas, ela implica em distinguir os alunos progressivamente,
de acordo com seus méritos.
Para o funcionalismo
a escola é um agente de socialização e controle social. Pelos valores
e normas a obediência é alcançada. É uma instituição que contribui
para a construção do consenso social e da continuidade. Mas o modelo
é incompleto, pois os indivíduos que fogem das regras resultam em
inconsistências na estrutura da escola. Por sempre tentarem se adaptar
fica claro que o equilíbrio é raro, por isso sempre há conflitos.
Visão do paradigma
do conflito:
Waller concebeu
as escolas como sendo centros de difusão cultural e como pontes que
levam padrões culturais dos grupos sociais mais amplos às comunidades
locais. Há um conflito contínuo entre professores (cultura do grupo
mais amplo e do mundo adulto) e alunos (cultura da comunidade local
e dos adolescentes e crianças que se desenvolvem nos interstícios
do mundo adulto). O ensino é o conhecimento de fatos e aprendizagem
de habilidades, somente o interesse próprio do aluno não é suficiente
motivação.
Contudo os professores
desejam que e os estudantes atinjam um grau de domínio superior àquele
que eles atingiram. Por isso a escola dá e recebe no processo de ensino.
Sendo os professores e os alunos grupos em conflito, a escola é organizada
com base no principio da autocracia, no despotismo, num estado de equilíbrio
instável. Exigido pelos pais, porém baseado nas crianças.
A autoridade da
escola é ameaçada a todo momento pelos alunos, pais, etc. Gerando
um círculo vicioso: a escola é continuamente ameaçada por ser autocrática
e é autocrática por que é ameaçada. As forças antagônicas têm
um equilíbrio precário através da disciplina.
A culpa do conflito
pode ser da pedagogia da escola. Para Shipman, professores e alunos
compartilham de definições comuns das situações conflitavas. Reconhecem
um ao outro e a situação é contornada através de um sistema de normas.
Há uma identificação entre eles gerando uma manipulação. Distinguindo
a escola de outras instituições, de acordo com Waller.
A escola, no aspecto
social, é muito complexa por conter subgrupos envolvendo tanto professores
como alunos; e sua intensidade depende do tipo da escola e da pedagogia
adotada.


Veja mais em: Sociologia

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