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O CONFLITO SOCIAL MODERNO: um ensaio sobre a política da liberdade


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A partir das duas últimas décadas do século XX, de acordo com o autor, a sociedade passou a viver profundas transformações causadas, especialmente, pelas enormes inovações que começaram a surgir. Grandes esperanças foram depositadas nas novas tecnologias e na sociedade da informação, principalmente por parte dos empresários, entusiasmados pelo crescimento econômico que elas proporcionaram. Observadas a partir desse prisma, tais inovações propiciaram que mudanças monumentais acontecessem na sociedade em geral, considerando-se que a rigidez e a estagnação são ferozes inimigas da liberdade. Porém, discorre o autor, esta é apenas uma metade das chances de vida humana, tendo em vista que questões de suma importância permaneceram intactas, como o aumento desenfreado do desemprego que se cristalizou mundialmente e o número de pessoas que vivem bem abaixo do nível de pobreza. Além disso, avolumou-se a instabilidade emocional da maioria da população devido ao temor que tomou conta dos indivíduos de se tornarem também excluídos e de sofrerem perda ou redução do poder aquisitivo. E tudo isso tem afetado de modo especial o mundo menos desenvolvido, já que não possui os recursos necessários para impedir o crescimento do índice de pessoas que passam fome, que estão expostas a diferentes tipos de doenças devido à baixa resistência física que apresentam e por viverem em locais que não contam com a mínima e imprescindível infra-estrutura sanitária. O mais grave, porém, é que tais problemas parecem não ter solução, tendo em vista que não há sinal algum por parte dos governantes dos países do primeiro mundo em partilhar sua riqueza com os outros povos miseráveis restantes. E são justamente o egoísmo e o superprotecionismo os principais fatores responsáveis pelo o que o autor define como conflito social moderno, ou seja, as inovações propiciaram o aumento potencial de riqueza daqueles que já tinham muito e, por outro lado, a explosão da pobreza para a maior parte da população mundial. Por esse motivo, tem aumentado o clamor geral e as exigências de que seja feita a devida e necessária justiça, já que não pode haver liberdade se a prosperidade não respeitar os ideais de cidadania. Considera o autor que a política da liberdade, deve caminhar lado a lado com a política de conviver com o conflito, tendo sempre em mente que prosperidade e cidadania tenham o mesmo peso na balança, para que todos possam ter melhores chances de vida.Entretanto, esse conflito precisa ser domesticado pelas instituições, não através de revoluções, mas pela mudança de estratégias, entendendo-se que ser moderno não significa e não requer o abandono de determinados valores e responsabilidades imprescindíveis para o encaminhamento tanto da política da liberdade como da melhoria da condição humana atual. O progresso pode se dar sem dor e, também, não deve ser visto como um esforço comum para remover as fronteiras da escassez. Trata-se de uma batalha que todos os grupos devem participar, visando o estabelecimento tão reivindicado dos direitos individuais e coletivos, bem como a necessária e urgente redistribuição dos bens materiais, atualmente restritos e voltados apenas para uma mínima parcela favorecida da totalidade da população mundial.






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