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1.1) O problema da verdade

A busca da verdade consiste na análise da relação de adequação entre um determinado sujeito e um objecto. Ao nível da ciência, a verdade é admitida a título de postulado, uma possibilidade que é negada pelos cépticos. Já o senso comum aceita a verdade sem conhecer os seus fundamentos.

1.2) A verdade é independente das realidades

Não há realidades verdadeiras nem falsas: cada coisa é o que é.

1.3) A verdade está no julgamento de um consciência acerca da realidade

Só há verdade  quando é feito um julgamento de uma determinada consciência sobre o real. A adequação (ou inadequação) desse julgamento com a realidade constitui o critério da verdade e do erro. Aritóteles dizia-nos que «o conhecimento é verdadeiro quando exprime conformidade com a realidade. É falso, porém, quando apresenta discordância com a realidade».

1.4) A expressão da verdade

A forma convencional de comunicação entre os homens, a linguagem ou as palavras, expressa a adequação ou conformidade da consciência em relação ao real. A linguagem e as palavras não são verdadeiras nem falsas já que dependem da adequação da consciência de um sujeito ao objecto. O erro e a mentira são exemplos diferentes de inadequação das palavras com a verdade.

1.5) A certeza da verdade

O facto de aceitarmos a verdade levanta a questão de podermos ou não ter certezas a seu respeito.

1.2.1) A certeza

A limitada capacidade humana para atingir o real deve levar o cientista a interrogar e questionar constantemente as suas certezas. Apesar da dificuldade de objectividade que se coloca ao homem na interpretação do real, o cientista procura sempre novas certezas de forma cautelosa.

1.2.2) Verdade plena

A verdade de um juízo não abrange necessariamente a totalidade de um objecto. Se a parte do objecto apreendida está de acordo com a necessária adequação à consciência do sujeito, então temos a verdade. Mas conhecer a verdade não implica conhecer a totalidade do real.

1.2.3) Mutabilidade relativa

Uma vez que a realidade está em constante devir, a consciência tem de acompanhar essa transformação ou, caso contrário, a verdade anterior dá lugar ao erro.

1.2.4) Progresso da verdade e das suas certezas

O espírito humano conhece a realidade de forma parcial mas progride em intensidade e extensão. A verdade atinge cada vez mais mais áreas com maiores certezas - ela é um processo progressivo. 

1.2.5) Natureza da certeza

A certeza diz respeito ao grau de adesão, firmeza ou convicção com que uma consciência adere a um determinado enunciado.

 1.2.6) Subjectividade da certeza

Corresponde à adesão firme de um sujeito a uma determinada afirmação. Essa adesão é subjectiva na medida em que só diz respeito ao sujeito, podendo, como, tal estar ou não de acordo com a verdade objectiva. A certeza legítima fundamenta-se na observação.

1.3.1) Estados da consciência relativamente à verdade

Sabendo-se que o homem é dotado de capacidades para interpretar a realidade tal como ela é, a verdade tem um carácter objectivo. No entanto, nessa interpretação do real podem surgir estados subjectivos da consciência em relação à verdade.

1.3.2) Ignorância

É o estado negativo da consciência em relação à verdade já que significa o desconhhecimento da mesma.

1.3.3) Dúvida

Corresponde à indefinição subjectiva de um julgamento que pode ser decidido em favor de uma hipótese ou do seu contrário. Pode ser real se a análise das razões conduz a um equilibrio; será metódica se questiona temas já aceites a fim rever os seus fundamentos.

1.3.4) Opinião

Apesar de estar sujeito ao erro, este estado constitui um progresso no caminho para as certezas já que manifesta uma inclinação para uma das hipóteses.

1.3.5) Certeza

Este estado consiste na adesão firme a uma afirmação cem por cento segura.

1.4) Espécies e graus de certeza

1.4.1) Certeza absoluta e certeza hipotética

A certeza será absoluta quando não admite casos ou excepções para a suas conclusões. Se se baseia num enunciado hipotética a certeza é hipotética.

1.4.2) Certeza metafísica

Fundamenta-se numa evidência racional de proposições por si mesmas evidentes.

1.4.3) Certeza moral

Baseia-se nos padrões morais que conduzem a acção humana.

1.4.4) Certeza científica

Baseia-se na experimentação controlada dos factos e fenómenos físicos, materiais e concretos. Contribui para o progresso do conhecimento no campo do seu objecto de estudo.

1.4.5) Certeza religiosa

Resulta da fé nos dogmas religiosos admitidos como verdades divinas.

1.4.6) Certeza vulgar

Fundamenta-se na experiência da vida prática ou em testemunhos aceites como verdadeiros - ex. a ciência, a imprensa.

1.5) Fundamento geral da certeza

1.5.1) Natureza da evidência

É um atributo de um objecto ou de um enunciado que o torna passível de apreensão por parte do sujeito humano, seja ao nível dos sentidos ou do intelecto. É o centro da verdade.

1.5.2) Espécies de evidência



a) evidência intrínseca

São evidências extraídas da simples análise do conceito do objecto. São juízos de validade necessária e universal, ou seja, evidentes por si próprias.

b) Evidência extrínseca

A evidência é procurada fora dos enunciados já que resulta de uma asserção feita por um sujeito.



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