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Todos os caminhos vão dar a Roma


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O Império Romano no seu auge, estendia-se do Golfo Pérsico até ao Humber, na Grã-Bretanha; 80 000 km de estradas primorosamente construídas ligavam as principais provincias na Europa e na Inglaterra e 300 000 km de estradas locais estabeleciam a ligação entre fortes, acampamentos para legionários, cidades, vilas, portos e postos de vigilância e sistema rodoviário principal.

Através das estradas principais processavam-se os serviços postais, criados pelo Imperador Augusto, bem como o transporte dos diversos decretos governamentais e todo o tráfego de natureza comercial referente ao Império.

Os serviços postais regulares podiam percorrer 80 km por dia. Cavaleiros transportando mensagens vitais e utilizando o sistema de mudas de montada, chegavam a percorrer 360 km num dia e numa noite.

Os responsáveis pela construção das estradas eram as legiões romanas, cujo custo era elevado, embora se recorresse ao trabalho forçado dos habitantes locais e escravos das conquistas. As estradas eram planeadas por técnicos militares, usando um simples teodolito alinhado com sinais de fumo, tornava assim possivel a marcação de linhas rectas com bastante facilidade.

Como os topógrafos não dispunham de mapas, as medidas tinham de ser bastante rigorosas. Porém, como apenas um número exíguo de povoados se localizava sobre o traçado das estradas, era possivel realizar praticamente qualquer desvio seguindo as vias naturais mais curtas.

A construção das estradas era complexa. Ladeavam-nas duas trincheiras, distanciadas aproximadamente 25 m. A existência de largos taludes de pedra, com 1,5 m de altura, que permitiam a drenagem das estradas, ajudou a mantê-las em boas condições durante vários séculos. A largura das estradas, de cerca de4,2 m a 4,8 m, permitia a passagem simultânea de duas legiões, em filas de seis homens. Removida a camada superior de terra, assentava-se à mão uma fundação de pedras pesadas, coberta com uma camada de seixos, fragmentos de telha, tijolo e cal misturados com argamassa. A superficie arqueada para efeitos de drenagem era, formada por pedras lisas, ajustadas por meio de cimento, e ladeada por bermas.

Ao longo da estrada erguiam-se marcos miliários. Indicando a distância até à cidade mais próxima. A intervalos regulares havia postos de correio, que dispunham de mudas de cavalos e estalagens onde era possivel pernoitar. As comunidades locais tinham a seu cargo as despesas resultantes da conservação da rede de estradas, que de mau grado tinham que financiar.

Foi tão eficiente no seu planeamento e de tal forma executada que dura à cerca de dois mil anos e constituiu o mais rápido sistema de transporte até ao aparecimento dos caminhos de ferro.

Conclui-se que uma vez espalhadas desde a Peninsula Ibérica, toda a Europa, até aos paises de Leste e passando por o Norte de África, todas as estradas íam na verdade desembocar em Roma. Muitas destas vias, são ainda nos tempos que correm utilizadas, com intuitos turisticos especialmente em Inglaterra, Portugal, Itália, França etc.



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