A versatilidade cada vez mais crescente das atividades on-line explica a razão porque tantas pessoas, especialmente os jovens, permanecem horas frente a tela do computador.

  Graças ao fácil acesso, trabalha-se, estuda-se em casa, fazem-se compras por computador e até transações bancárias são feitas via internet.

  A modernidade de tais ferramentas, induz o cidadão a permanecer distante do necessário contato com  o seu semelhante.

  Considerando-se descartáveis e cansativos os ritos religiosos coletivos, robustece-se a tendência para uma religião subjetiva com preferência por orações individuais, pois é possível acompanhar missas e cultos no conforto de casa e com variadas opções de escolha. Tal individualismo invadiu também os salões de danças. Os jovens não dançam mais abraçados: pulam soltos sem trocar conversas, impedidos pelos decibéis dos altos falantes! Nas caminhadas, são os fones de ouvido que isolam o cidadão do seu ambiente, consolidando-se assimn, a cultura do isolamento.

  Recentes ocorrências em países considerados desenvolvidos, começam a levantar dúvidas sobre as vantagens desta nova visão de vida, tendo em vista o crescente aumento de suicídios entre profissionais de sucesso e o envolvimento de jovens da classe média alta no tráfico de drogas.

  A auto suficiência é uma perigosa ilusão, pois torna o ser humano vulnerável e facilmente manipulável. O homem não foi feito para viver só. É um ser social e necessita conviver com seus semelhantes; além disso, o convívio comunitário é educativo e  eniquecedor.

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