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EDUCAÇÃO: uma das poucas saídas da pobreza


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É muito importante diagnosticar a situação da educação no Brasil, assim como entender os mecanismos que produzem uma educação de qualidade, já que é a educação uma das únicas portas de saída do estado de pobreza no país. O diagnóstico é que a qualidade da educação no País é muito ruim. A nota média dos alunos brasileiros mais ricos no exame internacional de proficiência em matemática (Pisa-2003) foi 410, enquanto os alunos mais pobres da OCDE alcançaram 455. Em termos domésticos os dados do Sistema de Avaliação do Ensino Básico, mostram que 76% dos alunos da 4ª. série da rede pública fizeram menos de 200 pontos na prova de matemática o que significa que os mesmos têm dificuldade em realizar operações de multiplicações básicas e ver as horas em relógios de ponteiro. Se o Brasil quiser competir com outros países em termos de adoção de novas tecnologias e competição por novos mercados terá de enfrentar esse problema urgentemente. O primeiro impulso é destinar mais recursos à educação escolar, pagar melhores salários para os professores, colocar computadores em todas as escolas, etc. Entretanto estudos recentes mostram que a solução não é tão simples e os alunos estão aprendendo muito pouco nas escolas da rede pública, independentemente dos recursos alocados para essas escolas.Em São Paulo, os alunos das escolas de lata, obtiveram desempenho (165 pontos) muito similar ao dos alunos dos sofisticados CEUS (169 pontos). O problema não é o volume dos recursos, mas a forma como são geridos. Falta também nas escolas um mecanismo de incentivo e cobrança que faça com que diretores e professores se sintam responsáveis por melhorar o desempenho da escola. Há grande absenteísmo dos professores nas escolas públicas brasileiras e professores e diretores tendem a ficar pouco tempo nas mais problemáticas. A mudança dos parâmetros curriculares, que passaram a enfatizar métodos mais construtivistas, deixou os professores confusos sobre o que ensinar em cada série. Por fim, há pouco envolvimento dos pais e da comunidade com o que se passa dentro da escola. O sistema público de ensino tem que passar por uma reformulação completa, que envolveria além de mais recursos para as escolas e maiores salários para os professores, uma contrapartida por parte dos diretores e professores para permanecer nas escolas mais críticas, estar presente em todas as aulas, seguir um currículo claro em cada série e avaliar periodicamente todos os alunos. Os que não conseguissem acompanhar o ritmo teriam de sair do sistema.


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