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A Formação de Professores fora da escola


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No que se refere à formação do professor, LUCKESI (1997) propõe que este seria: ? O profissional que se dedica a atividade de, intencionalmente, cria condições de desejáveis, seja do ponto de vista do indivíduo seja do ponto de vista do grupamento humano. Somos nós, quando passamos por um processo formal de aquisições de conhecimentos e habilidades, garantidos por um ?facultas? oficial para o magistério e outros exercícios afins. Para tanto, realizamos um processo de aprendizagens estruturadas? (p.26). Esta primeira definição serve de ponto de partida para situar os responsáveis pelo processo educativo que pretendemos dar conta em nosso estudo, mas para compreendermos as múltiplas dimensões do saber educativo relacionadas a nosso objeto, faz-se necessário abordar aspectos relativos à profissionalização da docência, não mais restrita à preparação técnico-instrumental a ser obtida em licenciaturas de curta duração, e tampouco à formação de caráter eminentemente conteudístico, mas que requer uma formação na qual, além dos conteúdos e das suas tecnologias, dê destaque às dimensões política e social da atividade educativa, incluindo a dinâmica escolar, o relacionamento da escola como seu entorno mais amplo (WEBER, 2000). Em relação aos aspectos políticos, sociais e culturais da formação do professor, CANEN (1999) faz um estudo em que levanta narrativas de professores que empreenderam cursos com as seguintes características (p. 95): ? (...)possibilitar o contato de futuros professores e professoras com a realidade de escolas multiculturais (...)estratégias e conteúdos teóricos desenvolvidos em cursos de educação multicultural para a progressiva sensibilização à hibridização cultural e à questão da articulação identidade-diferença (...) o terceiro trabalha as mesmas questões do segundo, o contexto das disciplinas de formação pedagógica.? Este texto reveste-se de fundamental importância para o trabalho ora apresentado, devido ao fato de possibilitar-nos perceber como devem ser formados professores aptos a lidar com a diversidade cultural, avaliando seus alunos de modo aberto e democrático. A partir desse modelo de avaliação, compararemos, em momento posterior da pesquisa, a prática dos professores dos Cursos de Oficiais e Praças com a prática indicada por estes autores como democrática, e, apta a lidar com a diversidade cultural.
O estudo aqui apresentado enquadra-se na perspectiva intercultural crítica, na medida em que visa desenvolver estratégias de superação de problemas gerados por relações desiguais de poder entre diferentes identidades culturais presentes num ambiente educativo com diversas culturas em situação de interação e conflito<1>. Cabe aqui ressaltar que naquilo que se refere aos Cursos de Formação e Qualificação de Praças e Oficiais da PMERJ, acreditamos que a perspectiva intercultural crítica possa trazer grandes contribuições para esse profissionais, no sentido de torná-los aptos a lidar com ambientes violentos em sociedades multiculturais, tais como a realidade dos bairros (e subúrbios) do Município do Rio de Janeiro.

<1> Referimo-nos aqui aos Cursos de Formação de Praças e Oficiais da PMERJ mencionados na introdução deste trabalho.


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