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O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova: identificando seus autores
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Produto do Movimento Renovador, o Manifesto foi assinado por estudiosos das mais diversas áreas (aproximadamente vinte e sete). Entre eles estão Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, Roquette Pinto, Cecília Meirelles e Noemy da Silveira, para citar alguns exemplos.
Tendo sido composto por estudiosos de variados campos do saber, podemos identificar a influência algumas correntes de pensamento e ciência no Manifesto de 1932, principalmente em relação à História, Biologia, Psicologia e Filosofia.
A ligação entre o Manifesto e a História representa-se no conceito de determinismo histórico. Segundo este conceito, uma sociedade deve avançar sempre, rumo ao progresso, ou deveria tentar. É possível notar que este discurso insere-se perfeitamente no momento histórico vivido não só pelo Brasil, mas também pelo mundo: a busca pelo progresso como meio de melhorar a situação da sociedade, conforme descrita acima.
A Biologia dá sua contribuição na forma do Evolucionismo: considera-se aqui a educação como um direito do indivíduo. Direito este que, mais do que adquirido socialmente, é concedido biologicamente, um direito natural de cada pessoa.
A Psicologia aplicada ao manifesto é a Psicologia desenvolvimentista. Visa focar o aluno e seu desenvolvimento, não apenas como aprendiz, mas também como cidadão. A Pedagogia está presente nesta visão.
Por fim, podemos identificar o pensamento pragmático sobre a educação. Isto é, a educação deve ter aplicação prática, relacionada com o mundo e com o mercado de trabalho. O conteúdo ensinado deve ser de caráter concreto, para aproximar o aluno e a vida real, em vez de ter caráter abstrato e alienador.
O Manifesto, portanto, demonstra um caráter interdisciplinar, não apenas entre suas reivindicações, como será visto a seguir, mas também em sua própria constituição.
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