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A Alta Idade Média Ocidental


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    Capítulo IV ? A Espanha Visigótica e em seguida muçulmana (484-842)

    Até o século VIII, a cultura visigótica vinha tomando forma brilhante e original na Espanha. Esta está para se tornar a primeira das nações européias no momento em que passa para a órbita do Islão. A cultura visigótica não chega a suplantar a cultura romana. A razão desse florescimento chega a ser mesmo produto de uma unificação necessária entre as duas culturas, traduzida no fato da conversão do rei Hermenegildo ao Catolicismo, fato político que une uma estrutura política visigótica a estrutura religiosa-cultural romana: ?...conversão do Arianismo à ortodoxia se inscrevia na lógica das coisas.? (p.27). Em 587, a religião oficial da Espanha é o Catolicismo ?romano?, instancia que reúne todos os elementos para que floresça a civilização visigótica.


    Estado-nação? É um ponto a discutir. De fato a Espanha, no século VII, tinha maior coerência. Já a partir da alta Idade Média, esse espaço espanhol modernizado cristaliza pouco a pouco um espírito nacional a volta de dois poderes essenciais:




  • Realeza. A idéia de poder central único e indiscutível, defendida pela Igreja é repudiada pelos costumes tribais da Aristocracia laica visigótica (eleição do rei). Em 633, um concílio em Toledo tenta estabelecer uma regra que preserve a estabilidade política do reino Condenam qualquer revolta contra a figura do rei, que adquire caráter sagrado. Introduz-se também novo rito: a coroação e a sagração religiosa.




  • Igreja. O Cristianismo ortodoxo triunfa rapidamente sobre o Arianismo. A hierarquia católica reconstitui-se solidamente a partir do Arcebispado de Toledo (por vezes independente até mesmo do papa. Com a Igreja participando ativamente da vida laica (concílios, cânones regendo quase todos os aspectos da vida do reino) realiza-se o ideal de poder central único e indiscutido




O poder real e o eclesiástico se aproximam e se apoiam (coroação e sagração),permitindo a Espanha continuar um Estado homogêneo em face às forças explosivas que a Aristocracia romano-visigótica representava. A unificação relativa da sociedade/espaço hispano-visigótico é acentuada em 654 pela promulgação e aplicação de um código legislativo como escritura comum a romanos e godos (Forum indicum)


em 711, a coesão nacional não era suficiente no momento da expansão árabe: irredentismo de etnias periféricas, insubordinação dos grandes, fuga perante os serviços impostos pelo Estado (obrigações militares), intolerância religiosa nascida da união efetiva Estado-Igreja.


A Civilização Árabe (islâmica), tipo de sociedade solidamente articulada, já era brilhante e possuía uma língua literária. Os árabes praticavam uma política religiosa fundada na tolerância: os vencidos não são obrigados a renegarem suas crenças tradicionais, em contrapartida, são obrigados ao pagamento de impostos excepcionais, o que não acontece se convertido. No século VIII, a aculturação forma uma população importante. Para os judeus foi bom negócio, eles aceitam bem os novos senhores da Espanha. Os cristão decidem permanecer fiéis a sua fé (moçárabes que no século IX, liderados por Córdoba intensificam a resistência, daí as perseguições).


Reino das Astúrias. Entidade politica/militar/religiosa na Cantábria, que, em conluio com cristãos moçárabes, preocupam o Emirado de Córdoba.


No momento da invasão árabe, parte da aristocracia hispano-gótica recua para o norte (Oviedo), acima dos montes cantábricos. A expansão islâmica permanece na região meridional, fato que não garantira consistência para a conquista árabe. A partir de 850, a fortaleza cristã das Astúrias torna-se conquistadora. Devido a conflitos no seio da aristocracia muçulmana



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