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A Alta Idade Média Ocidental


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Capítulo VI ? A Gália merovíngia e em seguida carolíngia (534-814)



À falta de continuidade política, há certa estabilidade global do espaço geográfico franco. A Gália merovíngia oscila entre uma extrema fragmentação e uma relativa unificação, dependendo da personalidade do soberano e da estabilidade da dinastia.


As forças opostas centrífugas, que coincidem com o apagamento da dinastia merovíngia, apontam-se desde o século VI. Por fim, no seculo VIII, permitem sua substituição pela dinastia carolíngia. ?De fato, o poder carolíngio representa um esforço renovado da parte das forças centrípetas dentro do reino?. Segue-se um curso menos caótico, com uma evolução contínua para um poder central autoritário (seculos VIII-IX), caminhando para o feudalismo.


Partilha da Gália. Quatro grandes divisões que reproduzem uma imagem deformada das divisões administrativas da Antiguidade. Evidente que o espaço esta longe de conservar um traçado regular: sobreposições, interferências, blocos erráticos desfiguram mais de uma vez essa organização. É unicamente sob o poder dos carolíngios, que esse traçado antigo se perde completamente, apagado em primeiro lugar pela expansão e pela centralização continuas, mais tarde quebrado segundo linhas de força diferente, a partir da partilha de Verdun (cortes verticais)


Expansão dos filhos de Clóvis: pilhagens. Ainda assim, os francos preservam e alargam melhor seus domínios, em relação ao que tinha feito na Gália a administração romana. Chegam a ultrapassar as fronteiras (Pirineus, Panônia, Itália do norte).


A sucessão é marcada por conflitos constantes (terra, propriedade privada). Do século VI ao VII, grandes perturbação: promovidas pelos herdeiros a cada sucessão; confrontos de duas grandes forças no norte da Gália (Nêustria, Austrásia); choques entre o poder real centralizador e aristocracias centrípetas (locais); poder real tradicional versus novos poderes (prefeitos do palácio). Desses confrontos saem vitoriosos: 1) Austrásia que liquida por algum tempo o irredentismo regional; e o novo poder que dá origem a nova dinastia (Carlos Martel, maior palatii, que liquida por algum tempo a crise da transmissão de poder).


Em 716, dá-se a ascensão de Carlos Martel, até a morte de Carlos Magno (814) a Gália carolíngia torna-se o centro de gravidade do Ocidente. Carlos Martel freia as divisões dos reinos da Gália. Reune toda a Gália do norte sob sua autoridade e dirige-se contra a Germania, anexando-a. Conquista o território tomado pelos saxões, a Frisia. Reduz o condado independente da Baviera e promove enérgica evangelização. Vence os árabes que pouco a pouco haviam-se penetrado na Gália romana através da Septimania e da Aquitânia (fronteira com a Espanha).


Carlomano morre, Pepino se torna o único senhor da Gália setentrional. Faz-se eleger novo rei pela Assembleia dos Grandes (tradição tribal), buscando-se na Espanha o ritual de Coroação (antiga tradição, também, da última parte do Império Romano). A sagração religiosa vem em troca da conquista de Ravena e de Roma para o papado (terras que pertenciam ao imperador do Oriente, mas que encontravam-se em poder dos lombardos). Por último, busca-se a ligação com o Império do Oriente, legitimando o restabelecimento do Império do Ocidente. Verfica-se uma unificação contínua das forças, suprimindo-se todas as bases de conflitos, os blocos geográficos divididos e os poderes incoerentes. A unificação contínua das terras, instituições e mentalidades cobre um território imenso, penetrando para oriente mais do que alguma vez o tinha feito o próprio Império Romano.


Certo é que essa unificação não abrange todo o território ?romano?. A Espanha nunca fora conquistada e o sul da Itália continua sob domínio de Constantinopla, e frequentemente ameaçada pelos sarracenos.




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