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Pelos Meandros da Educação Física


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Alguma coisa aconteceu com a Educação Física, até os mais desatentos e céticos têm percebido as mudanças ocorridas durante os anos. Percebe-se isto nas referências em concursos públicos, que citam livros que marcam a Educação Física enquanto o uso de práticas sociais, e não apenas desportivas e de ordem rendimento/ esportivo, e mais em seu sentido pedagógico. Novos cursos de pós-graduação surgiram, ampliando o conhecimento deste profissional e iniciando uma nova visão acadêmica.
Esta nova visão da Educação Física começa à partir dos anos 80, com a redemocratização do Brasil, se desvinculando do ?corpo- produtivo? e ?higiênico e eugênico? das épocas militares. Infelizmente, a Educação Física era usada pelo aparelho repressor do Estado para desviar as atenções dos estudantes das questões de ordem política, direcionando-os apenas ao caráter lúdico-esportivo, e voltado para o aprimoramento da aptidão física priorizando o corpo apolítico, acrítico, alienado.
Mas, depois do militarismo, este mesmo corpo-produtivo apenas mudou seu nome, para corpo mercadoria, virando porta-voz da indústria. Pela lógica capitalista, corpos perfeitos são produtivos e eficientes, e não podemos deixar de citar a relação da Educação Física com a construção destes modelos de perfeição física. Assim, vemos que o corpo continua apolítico e produtivo, com um passo grande atrás da história da Educação Física.
A Educação Física tentou durante os últimos anos, se desvincular dos códigos que o remetiam ao militarismo (médica, militar e esportiva), e tentou se envolver nos códigos da própria escola. Também o seu forte apelo esportivo, (relação aluno-atleta, professor-treinador) lembravam a questão do rendimento físico, o que identifica novamente com o corpo produtivo.
Hoje, o desenvolvimento motor, a psicomotricidade são os determinantes nas aulas de Educação Física, mas ainda não está inserido no contexto social do aluno, pois se prende apenas aos movimentos feitos, isto também pelo lado esportivo, que só se fixa na perfeição de execução. Todo movimento deve ter sentido para o aluno, não se deve ?fatiar? o ser humano em ser corpóreo e ser intelectual, tudo anda em um mesmo sentido.
Tem-se tentado embutir uma perspectiva pedagógica com elementos, diagnóstica (que leva a constatar e explicar a prática social), a judicativa (que leva a julgar a partir de determinado interesse) e teleológica (que se compromete no todo social), extrapolando os limites da escola. O caminhar indica que ainda teremos que procurar muitas respostas para as várias possibilidades pedagógicas para a Educação Física brasileira atual, mas a sua discussão é um ótimo indício de sua renovação.


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