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Educar PARA BUSCA DO SENTIDO DO VIVER NA TERCEIRA IDADE


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Um dos anseios mais antigos da humanidade talvez seja o de viver mais. A chamada ?fonte da juventude? ainda não foi encontrada, mas o avanço da ciência tem nos proporcionado uma maior expectativa de vida. Porém, com o passar dos anos, nosso organismo sofreu diversas transformações que reduzem nossa capacidade de trabalho, aumentando a propensão a determinadas doenças.

Nesse estudo, voltamos nosso olhar aos idosos. A velhice, um fator natural ligado ás fases humanas, é vista preconceituosamente. ?A sociedade rejeita o velho?, discute BOSI (1994,p.77), ?não oferece nenhuma sobrevivência á sua obra. Perdendo a força de trabalho ele já não é produtor nem reprodutor.? Tratamos o velho como se o seu tempo de produzir tenha ficado para trás, consideramos que já tenha contribuído com a produção social e que suas capacidades físicas e intelectuais estão em processo de degradação. Mas, BOSI (ibidi, p 80), nos adverte: ?durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos transcendemos, que não envelhecem, e que dão significados a nossos gestos cotidianos. Talvez seja esse um remédio contra os danos do tempo?.

Os estudos demográficos demonstraram que a população idosa tem aumentado com números expressivos nas últimas décadas tanto nos países desenvolvidos como países em desenvolvimento. No Brasil, o rápido envelhecimento da população encontra-se num quadro de urbanização acelerada, diminuição do número de membros da família e empobrecimento.

O envelhecimento caracteriza-se pela deterioração progressiva dos mecanismos,(fisiológicos, neurológicos, psicológicos), com prejuízos da função dos órgãos e sistemas orgânicos.Esse processo inicia-se por volta da terceira década de vida, é insidioso e linear e varia na sua forma e intensidade em cada indivíduo. Isto resulta em modificações estruturais, declínio funcional e numa menor adaptação ás alterações do meio ambiente interno e ás variações ambientais externas. LIPSITZ & GOLDBERG, (citado por Barros Neto et al., 1996).

A velhice é representada como um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam relegados a uma situação de abandono, de desprezo de ausência de papéis sociais. Essa representação é responsável por uma série de esterótipos negativos em relação aos idosos, ficando, assim, evidenciado a importância que tem o desenvolvimento deste estudo.

Se, atualmente, a problemática do atendimento à saúde e de amparo institucional não se encontram condizente com as necessidades que se apresentam, o que esperar dos próximos anos? Como aponta Pavarine (1996, p.3), ?nesse contexto de crônica insuficiência de recursos na sociedade e na família, os idosos sofrem alto risco de abandono segregação e maus trato?. O envelhecimento apresenta modificações em múltiplas dimensões: física, mental, social, política, econômica, histórica e cultural. Muitas alterações são perceptíveis não só ao idoso como ao seu companheiro ou a sua família.No que se refere Pavarine (ibid,p.7),?A morada em asilo acaba sendo a opção tomada pelo idoso ou familiares.Há de se pensar:seria uma opção do idoso ou, como na maioria dos casos, falta de alternativas e imposição da família ?...

BIBLIOGRAFIA

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