Página Principal : Educação
Resumo: O fim da era Jesuítica e o início da era Pombalina
Publicidade
Resumo: O fim da era Jesuítica e o início da era Pombalina De parte do livro: XAVIER, Maria Elizabete Sampaio Prado. Historia da Educação: A escola no Brasil. São Paulo: FTD, 1994. Autor: Juruti ? Especialista em Supervisão Educacional Em: 21 de janeiro de 2009 O fim da era Jesuítica e o início da era Pombalina. Os Jesuítas montaram na Colônia, nos moldes europeus, um sistema de ensino que pouco ficava a dever ao seu modelo inspirador. Foram feitas algumas concessões, como atualização da língua portuguesa e das próprias línguas nativas em ocasiões de descontração. Também se tolerava certa indisciplina e uma menor sisudez, como no vestuário, por exemplo, já que se encontravam nos trópicos, que pareciam afrouxar o corpo à vontade. No mais, Ratio Studiorum, o Plano de Estudos dos jesuítas, reinava absoluto, e o faria por séculos, mesmo após a expulsão dos seus criadores (1759) e o desmantelamento do sistema educacional colonial. Esse ensino era subsidiado pela Coroa, seus cursos de Humanidades, Filosofia e Teologia abrangiam desde a instrução elementar e secundária à superior. O ensino elementar, embora muitas vezes fosse oferecido ou reforçado nos Colégios, era de costume adquirido dentro da própria família, através de parentes ou, via de regra, de preceptores que também ensinavam o domínio de línguas e instrumentos musicais. Filhos de proprietários e não de trabalhadores. Numa economia de base agrária, rudimentarmente praticada, e numa situação política de submissão colonial, que exigia um aparelho administrativo reduzido e pouco sofisticado, o próprio ensino da elite não era encarado como prioridade ou com especial cuidado. Isto vem à tona, como fato indiscutível, em meados do século XVIII, quando se deu a chamada REFORMA POMBALINA, que atingiu Portugal e suas colônias e abarcou os âmbitos econômicos, administrativos e educacionais. Dentre outras medidas, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques, ministro do Rei Dom José I, expulsou os jesuítas de todo o IMPÉRIO lusitano, desmontando o sistema de ensino implantado em terras brasileiras. Enquanto em Portugal isso fazia parte de um projeto de reconstrução cultural e acabou desembocando na criação de um sistema público de ensino, mais moderno e mais popular. De fato, a Reforma Pombalina expressava uma reação da Coroa portuguesa à lenta agonia por que passava a sociedade lusitana, em processo de decadência, empobrecidamente e perada da própria sabedoria. No Brasil, a reforma dita econômica, mais de fato de cunho administrativo e fiscal, caiu como uma bomba, tal como a educacional, que derrubou uma obra construída através de dois séculos de história. As medidas pombalinas acirraram os monopólios, multiplicaram os impostos, esvaziaram os aparelhos administrativos local dos nativos da COLÔNIA, como se consideravam agora os outrora ?heróicoscompatriotas a serviço do Império Lusitano no além-mar?. Quanto à situação do ensino na Colônia, foi encontrada uma solução paliativa, através das chamadas Aulas Régias. Eram aulas avulsas, sustentadas por um novo imposto colonial, o subsídio literário, paradoxalmente criado 13 anos após o decreto que as instituíra (1772). Essas aulas deveriam suprir as disciplinas antes oferecidas nos extintos Colégios. Através delas, aquela mesma reduzida parcela da população colonial continuava se preparando para estudos posteriores na Europa. Diante das restrições ao exercício das atividades administrativas, isso acabava resultando, entre nós, apenas num relaxamento que, sem dúvida, repercutia na qualidade da preparação dos nossos letrados para uma carreira acadêmica na Europa. De qualquer forma, o poder metropolitano tomara o cuidado de criar o cargo de Diretor Geral de Estudos, responsável pelos cursos de provimento de professores régios, para as diferentes cadeiras, ou disciplinas, e pela concessão de licenças para o magistério público ou privado. Há informação de que isso teria levado quarenta anos, até 1799, quando as licenças para docência passaram a ser concedidas pelo vice-rei. Os jesuítas foram afastados sob a acusação de culturalmente retrógrados economicamente poderosos e politicamente ambiciosos. Segundo Pombal, sua permanência colocaria os novos projetos de recuperação em risco. Apesar disso, Metrópoles e Colônia não romperam com a Igreja Católica.
Veja mais em: Educação
Artigos Relacionados
- Ler
- Resumo Sobre O Vídeo O Poder Da Visão
- Esboço Biblico - Chamados Para Perseverar
- Leitura, Literatura Infantil E Ilustração
- Páginas Para Pensar
- Breve Reflexão Sobre Avaliação Da Aprendizagem
- Literatura Infantil
|
|