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Resumo Crítico: O pensamento capitalista para a administração escolar
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Resumo Crítico: O pensamento capitalista para a administração escolar Autor: Raimundo da Silva Santos Júnior
Do texto de FÉLIX, Maria de Fátima Costa. Administração escolar: um problema educativo ou empresarial? São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1985.
O pensamento capitalista para a Administração Escolar é o mesmo pensamento para a Administração Empresarial, é de produção. O mundo capitalista pós-moderno na insaciável busca pelo lucro maximizado, implantou a ideia da qualidade total para tudo o que se possa administrar. As empresas foram atingidas de imediato, e a escola não poderia ficar de fora, visto que esta também lida com o produto. Na instituição de ensino o produto é o serviço, este também destinado a satisfação do maior cliente da história da humanidade, a população. É importante compreendermos, no entanto, que a satisfação da população no que se refere ao serviço oferecido pela escola não está relacionada ao real, mas sim ao idealizado. Idealizou-se a escola de qualidade e esse ideal foi vendido à população. Dentro desse ideal o que então a população espera da escola? Sem dúvida ela espera prioritariamente duas coisas: Primeiro: que a escola dê conta de sua finalidade, que consiga ensinar com ?qualidade total?, caso não consiga mostrar essa qualidade cairá em descrédito. Talvez isso explique o porquê da falta de credibilidade dada à escola pública por centenas de profissionais da educação, os quais preferem pagar caríssimas mensalidades para manter os filhos em escolas particulares. Talvez explique também o porquê a cada ano a comunidade, para quem a escola existe, parece valorizar menos o ensino público. Acreditamos que, se as condições financeiras da população brasileira fossem satisfatórias, poucos continuariam a manter seus filhos nas instituições de ensino público. Esse comentário é verdadeiro. A desvalorização da escola pública é fruto do discurso de qualidade total, visto que a população está paulatinamente internalizando que a qualidade está nas instituições privadas. Vale refletir também que a educação já não faz parte do setor de serviços exclusivos do Estado. Vejamos o que diz Chauí sobre o assunto: Essa localização da educação no setor de serviços não exclusivos do Estado significou: a) que a educação deixou de ser concebida como um direito e passou a ser considerada um serviço; b) que a educação deixou de ser considerada um serviço público e passou a ser considerada um serviço que pode ser privado ou privatizado. (CHAUI,2003,p.5). O comentário de Chauí nos ajuda a compreendermos melhor que ideologia está por detrás do Programa de Qualidade Total para a Educação brasileira. A segunda coisa que a população espera da escola, é que esta faça bem o dever de casa, a seleção cuidadosa daquele que aqui podemos chamar de matéria-prima, o aluno. A população acaba por fazer parte da equipe de controle de qualidade, a serviço do Estado, aprovando que somente deve seguir em frente os melhores, os mais qualificados, os mais treinados para galgar o Ensino Superior. Aos demais, que são demais mesmo, restam os serviços inferiores da sociedade, resta engrossar a massa eleitoreira sem criticidade.
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