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A busca do sentido na formação humana: tarefa da Filosofia da Educação
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Severino realiza uma reflexão sobre como a educação, como processo de formação humana, foi concebida ao longo da história, destacando duas dimensões da educabilidade humana: a ética e a política. Reflete sobre a natureza da educação e posiciona o papel da Filosofia da Educação em momentos significativos da história ocidental. Iniciando a análise histórica pelos períodos da Antiguidade grega e da Medievalidade latina, o autor constata que o ?ideal humano era o aprimoramento ético-pessoal e esta era a finalidade essencial da educação?. No entanto, a despeito da intenção de constituição do sujeito ético, encontravam-se também referências às dimensões social, política e comunitária da existência humana. Apenas, a idéia que predominava era que a dimensão política seria inteiramente derivada da qualidade ética dos sujeitos, determinando o foco de todo o investimento pedagógico. Já na Era moderna, o ideal da educação delineou-se como ?uma adequada inserção da pessoa na sociedade?. A política passa a ser a grande matriz. O projeto iluminista lança o postulado de que a ?formação humana, visada pela educação, passa necessariamente pela consideração da condição natural do homem como ser social?. A filosofia moderna pressupõe os indivíduos como parte integrante de um corpo social que os ?atravessa de fora a fora?. O processo de formação humana é profundamente modificado, pois o aprimoramento ou degradação do homem não mais dependem exclusivamente de sua vontade, ?mas também das determinações exteriores da vida social?. Na contemporaneidade, a partir das teorias elaboradas pelos frankfurtianos, a concepção de educação transforma-se mais uma vez. Delineia-se uma dimensão do formar que coloca em pauta ?a própria construção do sujeito humano?. Essa nova orientação tem sido designada como filosofia pós-moderna ou pós-estruturalista. ?A razão transforma-se numa razão instrumental, ferramenta por excelência da ciência e da tecnologia?. A ética e a política deixam de ser sustentáculos da educação e, assim, o núcleo do novo conceito de educação torna-se a formação cultural, ?a própria formação do sujeito?. Severino ainda esclarece que formar não se apresenta sob conceito de moldar e que cultural envolve todas as dimensões de erudição, desde que articuladas na experiência do indivíduo, ou seja, considera-se culturalmente formado o homem que dispõe do esclarecimento, com o qual se identifica a própria educação.
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